“A felicidade está por cima de uma fina camada de vidro”. Quem o diz é Douma, alguém em quem o veneno parece actuar como água, e que Kochou Shinobu, o demónio que tem a sua vida nas mãos, considera “o exemplo da idiotice e da maravilha do ser humano”.
Num edifício que “pulsa, como se tivesse vida própria”, Zenitsu e o seu irmão e agora demónio Kaigaku degladiam-se à séria. Para Zenitsu, o lado negro da força começou a atacar o irmão ainda durante os tempos de criancice: “A caixa de felicidade do teu coração tinha um buraco. Derramava toda a felicidade que tinhas lá dentro. E se não encontrares esse buraco e o tapares, nunca te sentirás satisfeito”.
Estamos em “Sucessores” (Devir, 2024), o 17º volume de Demon Slayer, que nos traz o regresso da febril Nezuko, que aguarda o resultado do medicamento dado por Tamayo, o demónio que cooperava com Ubuyashiki, que depois de morto viu o seu filho Ubuyashiki Kirya, de oito anos de idade, assumir o controlo enquanto tratava de suster as lágrimas.
A pergunta que todos os leitores fazem neste momento é esta: será que, com este medicamento, Nezuko voltará a ser humana? Se isso acontecer, o plano de Muza – conquistar a luz do sol – irá por água abaixo. Afinal, Nezuko é o único demónio, em seis mil anos, que não foi destruído na presença da luz do sol. Quanto a Tanjirou, que tenta escapar aos infalíveis ataques de Akaza, percebe, recorrendo a memórias antigas, que talvez a solução para a vitória possa estar nuns passinhos de dança. Quem diria?
Sem Comentários