Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sinopse
A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), depois apelidada de Direcção-Geral de Segurança (DGS), foi responsável pela repressão de todas as formas de oposição ao Estado Novo. Vigiou, prendeu, torturou, censurou e será para sempre recordada como sinónimo de violência e brutalidade. Espalhava o medo para instilar a passividade entre os portugueses e actuava sobre aqueles que ousavam falar, criticar e agir contra o regime ditatorial.
Mas quem eram os pilares que sustentavam esta estrutura e que colocavam a máquina a andar? A prestigiada historiadora Irene Flunser Pimentel apresenta-nos um retrato rigoroso de cinco figuras que marcaram a PIDE/DGS pelas suas actividades, atitudes e tomadas de decisão.
Barbieri Cardoso, o vice-director da PIDE/DGS, por muitos considerado o verdadeiro director desta polícia; Álvaro Pereira de Carvalho, o importante director dos Serviços de Informação; José Barreto Sacchetti, que chefiou os Serviços de Investigação, recordado pelos seus métodos violentos e pela sua responsabilidade nos interrogatórios; Casimiro Monteiro, o agente com uma história de vida recambolesca marcada pela violência e que foi condenado como o assassino do general Humberto Delgado e da sua secretária Arajaryr Campos e, finalmente, António Rosa Casaco, o tarimbeiro que ascendeu desde o fundo da hierarquia até chegar a inspector e que fez um pouco de tudo, desde raptos em Espanha a tortura nos interrogatórios, em alternância com a subchefia da intercepção postal e da escuta telefónica.
Perceber quem eram, a sua ascendência, as suas convicções, a forma como entraram para a polícia política, como subiram na carreira, como reagiram perante determinadas situações, bem como viveram o pós-25 de Abril, é também perceber a história da PIDE/DGS, pois uma instituição é sobretudo o que os seus responsáveis fizeram dela.
Sobre a autora
Irene Flunser Pimentel é doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Elaborou diversos estudos sobre o Estado Novo, o período da Segunda Guerra Mundial, a situação das mulheres e a polícia política durante a ditadura de Salazar e Caetano. É investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da UNL) e tem uma vasta obra editada no campo da História Contemporânea. Em 2007, recebeu o Prémio Pessoa, atribuído pelo Expresso e pela Unysis.
Editora: A Esfera dos Livros
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