Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
Decorreram quatro anos desde que o cantor lírico León de Nápoles viu pela primeira vez, no comboio entre Veneza e Madrid, Natalia Manur, acompanhada pelo marido, um abastado banqueiro, e pelo misterioso Dato. É nessa carruagem e entre estas quatro personagens que começa uma história de paixões levada até às últimas consequências. em torno dos protagonistas, gravitam outras figuras: uma prostituta sempre com pressa, uma antiga estrela da ópera, um meticuloso viúvo, um velho amor. Quem será, no fim de contas, o homem sentimental? Um artista e pensador, ou um homem de negócios e de acção?
Frequentemente comparado com obras de Proust e de Unamuno – pelo refinamento literário e pela engenhosa construção das personagens e do enredo – “O Homem Sentimental” é um romance de amor em que o amor não é visto nem vivido, mas antes intuído e relembrado, como se a sua essência fosse a melancolia e o mistério.
Uma história cujo ritmo se acelera progressivamente, atravessada pela habitual ironia fina de Javier Marías, que a conduz a um imprevisível desfecho.
Sobre o autor
Javier Marías (1951-2022), nasceu em Madrid.
Foi um dos mais destacados escritores espanhóis dos últimos cinquenta anos.
A sua obra encontra-se publicada em 46 idiomas e 59 países, com cerca de dez milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Escreveu dezasseis romances, vários livros de contos e de ensaio, a maioria dos quais publicados em Portugal pela Alfaguara: “Tomás Nevinson”, “Berta Isla” (Prémio da Crítica), “Assim começa o mal”, “Os enamoramentos” (Prémio Giuseppe Tomasi di Lampedusa; Prémio Qué Leer), “Coração tão branco” (Prémio da Crítica; Prix l’Oeil et la Letre; IMPAC Dublin Literary Award), “Amanhã na batalha pensa em mim” (Prémio Fastenrath; Prémio Rómulo Gallegos; Prix Fémina Étranger), “Todas as almas”, a trilogia “O teu rosto amanhã”, e o volume de contos “Não mais amores”.
Pelo conjunto da sua obra, recebeu vários prémios e distinções:
Prémio Nelly Sachs (Dortmund, 1997); Prémio Comunidad de Madrid (1998); Prémio Grinzane Cavour (Turim, 2000); Prémio Alberto Moravia (Roma, 2000); Prémio Alessio (Turim, 2008), Prémio José Donoso (Chile, 2008); The America Award (2010) Prémio Nonino (Udine, 2011); Prémio Literário Europeu (2011); Prémio Formentor (2013); Prémio Boattari Lattes Grinzane (2015); Premio Liber (2017).
Entre as traduções de sua autoria, destaca-se “Tristram Shandy” (Prémio Nacional de Tradução em Espanha, 1979).
Foi professor na Universidade de Oxford e na Universidade Complutense de Madrid.
Foi, até à sua morte, membro da Real Academia Espanhola e em 2021 foi eleito membro internacional da Royal Society of Literature, a organização de beneficência do Reino Unido para a promoção da literatura.
Morreu em Setembro de 2022, dias antes de completar setenta e um anos, deixando como legado aos seus leitores uma obra extraordinária, que perdurará no tempo.
Editora: Alfaguara
Sem Comentários