Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre os livros
“O Crime do Padre Amaro”
Sinopse:
Nesta obra polémica que gerou a contestação por parte da Igreja Católica portuguesa e, mais tarde, de outros que acusaram o autor de plágio, Eça de Queiroz definiu o que, para si, seria a principal função da Arte: uma extraordinária ferramenta de reforma social. É através do amor proibido entre Amaro, pároco recém-chegado à cidade de Leiria, e a jovem Amélia, filha da mulher que o hospeda, que se critica o clero católico e a sua promíscua influência nas relações domésticas. Se este livro parecia e poderia ser a morte anunciada de uma carreira literária sólida, tornou-se na verdade um dos textos centrais da obra de Eça de Queiroz, que prova aqui, mais uma vez, ser a voz da frente na denúncia da hipocrisia dos valores da sociedade portuguesa.
“O Primo Basílio”
Sinopse:
Sedução e adultério, palavras-chave no universo queirosiano e, sobretudo, deste seu romance publicado em 1878: O Primo Basílio. O leitor caminha pelo pitoresco das ruas de Lisboa de finais de século XIX, acompanhado por personagens marcantes, fúteis e hipócritas.
Quem é afinal este Basílio, que tanto êxito e escândalo provocou? Um brasileiro, um marialva que vai quebrar o coração de Luísa. Ela, doce e romântica, e seu marido, Jorge, são aparentemente felizes. Mas tudo se complica quando Jorge viaja em trabalho. Luísa, entediada e aborrecida, é seduzida por Basílio e chantageada por Juliana, a imortal Juliana, uma das grandes criações da literatura portuguesa.
E por cima de tudo, o riso de Eça, destruindo, certeiro, a sociedade de então. Este é o romance que o consagrou definitivamente como o grande escritor nacional. Deve ser lido, e relido, sempre!
Esta edição inclui:
Nota introdutória + Texto de Guerra Junqueiro sobre O Primo Basílio + Carta a Teófilo Braga + Lista de Personagens
Sobre o autor
Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal , em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa.
Em 1872 iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.
Editoras: Livros do Brasil | Guerra & Paz
Sem Comentários