Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sinopse
Linhagem de Bravos é uma viagem à Época Medieval, aos primórdios da nacionalidade, ao frio, à lama, à fome e às dificuldades de um povo que luta pelo pão de cada dia.
1289. Um rei. Um foral. Um outeiro.
Simão da Cruz é um pedreiro em fuga, por um crime cometido. Trata-se de um delito de honra. De morte de um fidalgo. A justiça segue no seu encalço. Em simultâneo, uma família -pai e três filhos órfãosde mãe -abandona,pela calada da noite, as terras do fidalgo a quem sempre serviu. A fuga impõe-se pelo desejo de uma vida melhor, mas também pelo roubo perpetrado. Sobre a carroça furtada ao nobre, um arado de ferro é a esperança de uma vida melhor, em terras de Trás-os-Montes, onde – diz-se – el-rei D. Dinis deseja fundar a cidade.
Depois de se furtarem a inúmeras dificuldades avistam finalmente a cidade que começa a ser envolvida pelas muralhas em construção. Desce sobre o outeiro o lusco-fusco quando, sob o olhar atento de uma estranha personagem – Robalo, o Tolo -, cruzam as portas, a família primeiro, Simão a seguir. Um olhar de relance entre Simão e a mais velha dos filhos de José – Maria da Conceição – marca esta chegada simultânea.
Manuel Mestre de Obras, o responsável pela construção de muros, ampara Simão da Cruz e contrata-o para engrossar o rancho dos homens que erguem as muralhas.
Enquanto um fidalgo tudo tenta para impedir a implantação da cidade e um povo tudo faz pela sua edificação, há uma história que se constrói, feita de sangue e de lágrimas, de vidas que se erguem, de mortes, mistérios, fantasmas, religião, adultério e amor.
Sobre o autor
Emílio Gouveia Miranda nasceu em Luanda, Angola, em 1966. Em 1975, fruto da guerra colonial, vem viver para o Norte de Portugal, de onde os pais são originários, mais concretamente para a – então – aldeia de Lordelo – atualmente vila -, próxima de Vila Real, onde mais tarde passou a residir. É o contacto com esta nova realidade – de espaços abertos no verão e horizontes fechados nos longos invernos – que definitivamente o vai marcar. Uma realidade na qual conviveu com costumes tão surpreendentes como a matança do porco, a vindima e a pisa do vinho, com a agricultura regida por preceitos tradicionais e com essa mistura mágica das práticas religiosas com as pagãs que também cinzelou esse território.
Editora: Marcador
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