Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sinopse
«O futuro já não é o que era. As grandes narrativas esgotaram-se, as colecções de ficção científica perderam adeptos em favor das sagas de fantasia, a Previdência (e a Providência) é deficitária, o planeta aqueceu, e o teletransporte, que a série televisiva Espaço 1999 nos prometeu, não chegou a acontecer. Passámos, no espaço de um século, do entusiasmo tecnológico e científico (a antecipação das novelas de Júlio Verne) ao no future que a geração punk anunciou. E agora até esse anúncio nos parece temerário, uma vez que a velocidade do futuro deixou para trás as frases sobre o futuro.» — Pedro Mexia
«Futuro? Que futuro? Nunca faço planos pro futuro, mas ele faz cada um pra mim… A frase de Millôr Fernandes bem poderia ser a epígrafe desta edição de Granta, que traz diferentes olhares sobre quão indomesticável é o futuro e, ao mesmo tempo, quão indomesticável é nosso desejo de domesticá-lo. Aqui estão textos que falam sobre o futuro pessoal, o futuro existencial, o futuro político, e como todos eles se relacionam. Haja passado para tanto futuro. Diz Philip K. Dick: O futuro é mais coerente do que o presente, mais animado e dotado de um objetivo, e, num sentido real, mais sábio. Tomara que ele esteja certo.» — Gustavo Pacheco
Neste número:
Anita Brookner, Um casamento
Rogério Casanova, Os anteontens que cantam, os amanhãs que
Philip K. Dick, Exegese (trechos)
Ricardo Domeneck, De cálcio, o futuro
Álvaro Domingues, Oh que cousas grandes e raras haverá
Margarida Vale de Gato, Por Tripetta, uma carta ao passado
Claudia Jaguaribe, A memória do futuro
Eugene Lim, Nenhuma máquina seria capaz disso
Ana Paula Maia, O executor
Rick Moody, Vídeos dos Mortos
Chris Petit, O último modernista
Miguel Soares, Um passeio no parque
Joca Reiners Terron, Grande Mal
Paulo Tunhas, O sonho imperativo
Julia Wähmann, Lua em Virgem
Jillian Weise, Ciborgue comum
Antônio Xerxenesky, Diário da domesticação do divino
Editora: Tinta da China
Sem Comentários