Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
Pela primeira vez, toda a ficção curta de um dos grandes génios da literatura portuguesa. Este é o terceiro de cinco ou seis volumes a publicar, que compilam toda a ficção curta de Camilo Castelo Branco, mantendo uma ordem cronológica de publicação.
Os primeiros quatro volumes reúnem toda a obra publicada em livro (incluindo miscelâneas): contos, novelas e romances curtos (Camilo designava tudo por «romances»). Os restantes dois volumes compilarão a obra dispersa por publicações periódicas e outras. (O terceiro volume previsto para completar a publicação da obra édita ficou demasiado extenso, pelo que foi dividido em dois, respectivamente o Volume III e o Volume IV.)
Pela primeira vez o leitor contemporâneo poderá ter acesso a uma obra fundamental e eminentemente moderna, que reúne o percurso literário de um génio cujo trabalho tocou todos os estilos vigentes na sua época: gótico, romantismo, ultra-romantismo e realismo. Camilo escreveu igualmente sobre tudo, usando humor, drama e um domínio da língua portuguesa único no panorama das letras lusas.
Escritor prolixo, a sua obra revela até que ponto dominava as escolas e os géneros, o que lhe permitia satirizá-los e subvertê-los, usando-os de igual modo para estabelecer uma forma de comunicação com o leitor, mas subvertendo-os para o deixar entregue a um fio condutor que o arranca das amarras da narrativa tradicional.
Organização, introdução e notas de Hugo Pinto Santos.
Sobre o autor
Camilo Castelo Branco nasceu em 1825, em Lisboa, e faleceu em 1890, em S. Miguel de Seide (Famalicão). Com uma breve passagem pelo curso de Medicina, estreia-se nas letras em 1845 e em 1851 publica o seu primeiro romance, “Anátema”. Em 1860, na sequência de um processo de adultério desencadeado pelo marido de Ana Plácido, com quem mantinha um relacionamento amoroso desde 1856, Camilo e Ana Plácido são presos, acabando absolvidos no ano seguinte por D. Pedro V. Entre 1862 e 1863, Camilo publica onze novelas e romances, atingindo uma notoriedade dificilmente igualável. Tornou-se o primeiro escritor profissional em Portugal, dotado de uma capacidade prodigiosa para efabular a partir da observação da sociedade, com inclinação para a intriga e análise passionais. Considerado o expoente do romantismo em Portugal, autor de obras centrais na história da literatura nacional, como “Amor de Perdição”, “A Queda dum Anjo” e “Eusébio Macário”, Camilo Castelo Branco, cego e impossibilitado de escrever, suicidou-se com um tiro de revólver a 1 de Junho de 1890.
Hugo Pinto Santos nasceu em 1976 no Porto. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade do Porto. Deu aulas, foi tradutor e revisor. Escreveu sobre livros, entre outros lugares da Internet, em: Rascunho, Orgia Literária, Enfermaria 6 e Caliban. Colabora na revista on-line Intro. Colaborou na secção de livros do suplemento «Actual», no semanário Expresso, e com a revista Time Out. Escreve sobre livros nas revistas Ler, Colóquio/Letras, Cão Celeste e no suplemento «Y», do jornal Público. Escreveu sobre a vida e obra de Camilo, entre outras publicações, na revista Ler, no jornal Público e no suplemento «Actual» do Expresso.
Editora: E-Primatur
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