Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
Considerada «uma obra-prima» pelo The Guardian, “A Trilogia de Copenhaga” reúne num único volume Infância, Juventude e Relações Tóxicas, os três livros fundamentais de Tove Ditlevsen, aclamada como uma das vozes mais importantes e singulares da literatura dinamarquesa do século XX. Uma obra corajosa e honesta que representa um exercício pioneiro no campo da escrita confessional, explorando temas como a família, o sexo, a maternidade, a toxicodependência e as dificuldades da mulher para ser artista.
Durante a sua vida, Ditlevsen teve de lidar com a tensão entre a sua vocação de escritora e os seus papéis de filha, esposa e mãe, bem como a sua condição de viciada, o que a levou a escrever sobre a experiência e a identidade feminina de uma maneira muito à frente do seu tempo e ainda pertinente para as discussões actuais em torno do feminismo. Embora baseada nas experiências da autora, “A Trilogia de Copenhaga” lê-se como a ficção mais empolgante, sendo notável pela sua intensidade e descrição imersiva de um mundo de complexas amizades femininas, relações familiares e literatura – nesse sentido, é a resposta de Copenhaga aos romances napolitanos de Elena Ferrante. Por outro lado, Ditlevsen pode também ser vista como uma precursora espiritual de escritores confessionais como Karl Ove Knausgård, Annie Ernaux, Rachel Cusk e Deborah Levy.
Sobre a autora
Tove Ditlevsen nasceu em Copenhaga, em 1917, num bairro de classe trabalhadora. Começou a escrever aos 10 anos e, aos 20, publicou o seu primeiro livro de poesia, dando assim início a uma carreira literária que vai da ficção aos contos, passando pelo género autobiográfico. A sua infância e a sua luta contra o vício da droga são os principais temas da sua escrita. Foi casada quatro vezes, e o seu último casamento levou-a à toxicodependência. Morreu de uma overdose de comprimidos aos 58 anos.
Editora: D. Quixote
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