Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
Exaltado como «um dos artistas vivos mais importantes do momento» pelo Financial Times e como «uma voz eloquente e impossível de silenciar pela liberdade» pelo The New York Times, Ai Weiwei faz o registo das suas extensas memórias para apresentar uma notável história da China ao longo dos últimos 100 anos, ao mesmo tempo que reflecte sobre o seu processo de criação artística.
Explorando as origens da sua inédita criatividade e das suas apaixonadas convicções políticas, Weiwei revela ainda a história do seu pai, Ai Qing, outrora o poeta mais influente da China e companheiro próximo e íntimo de Mao Tsé-Tung. Acusado de dissidência política durante a revolução Cultural, foi condenado a trabalhos forçados durante a Revolução Cultural e viu toda a sua família, incluindo o filho, ser desterrada para uma parte remota e desolada do país a que chamavam «Pequena Sibéria».
Weiwei descreve uma infância no exílio e recorda a difícil decisão de abandonar a família para ir estudar Arte nos Estados Unidos, onde se tornaria amigo de Allen Ginsberg e encontraria em Marcel Duchamp e Andy Warhol uma inspiração. Com honestidade e lucidez, descreve o seu regresso à China e a sua ascensão de artista desconhecido a estrela da cena artística internacional e activista pelos direitos humanos, um trabalho inelutavelmente marcado pela vivência sob um regime totalitário, o mesmo que, em 2011, acabaria por detê-lo sem qualquer justificação durante largos meses.
Ai Weiwei nasceu em 1957 em Pequim, na China. Foi viver para os Estados Unidos no início da década de 1980, regressou a Pequim em 1993 e vive na Europa desde 2015. Defensor dos direitos humanos e da liberdade de expressão, é uma presença activa nas redes sociais e o seu trabalho tem tido uma vasta exposição pública. As suas exposições de arte incluem Fairytale na Documenta 12, em Kassel (2007); Sunflower Seeds no museu Tate Modern, em Londres (2010); Evidence no museu Martin Gropius Bau, em Berlim (2014); Ai Weiwei na Royal Academy of Art, em Londres (2015); Maybe, Maybe Not no Museu Israel, em Jerusalém (2017); Ai Weiwei on Porcelain no museu Sakip Sabanci, em Istambul (2017-2018); Good Fences Make Good Neighbors, em Nova Iorque (2017-2018); Raiz no OCA, em São Paulo (2018); e Circa 20:20, em Londres (2020). Entre os seus documentários de média-metragem contam-se Human Flow (2017) e Coronation (2020). Ai Weiwei recebeu diversos prémios, incluindo o Prémio Václav Havel de Dissidência Criativa da Human Rights Foundation (2012) e o Prémio de Embaixador de Consciência da Amnistia Internacional (2015).
Editora: Objectiva
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