Pouco depois de termos dedicado um artigo completo à série Criminal, obra maior desenhada pela dupla Ed Brubaker (The Fade Out, Capitão América: O Soldado do Inverno) e Sean Philips (The Fade Out, Marvel Zombies), eis que fomos prendados com o Livro Três desta série noir, que reúne duas histórias que se lêem como verdadeiras longas-metragens, onde a violência e a queda em espiral são os seus grandes motores e alimento. A edição em capa dura chega às livrarias com o selo da G. Floy.
Tracy Lawless, veterano – e fugitivo – da guerra que mudou de rumo para se transformar num assassino da máfia, o mais mortal assassino do mundo segundo as booas e as más-línguas, é o protagonista de Os Pecadores. Um tipo que se recusa a seguir ordens, e que investiga os seus alvos antes de decidir pela sua cabeçorra se estes merecem ou não ir desta para melhor.
Farto de trabalhar para para Sebastian Hyde, o big boss da cidade que teve também na mão o seu irmão e o seu pai, Tracy tem a oportunidade de arrumar de vez as contas, desde que descubra quem anda a despachar gente na cidade que tinha, segundo o código de quem manda na cidade, o estatuto de intocável. Isto se conseguir esconder do boss uma relação menos própria com a mulher deste e escapar à perseguição do FBI, que o quer pôr de volta à acção.
O Último dos Inocentes apresenta-nos a Riley Richards, um tipo que teve sempre tudo aquilo que queria: a babe mais sexy do liceu, amigos fixes e bastante guito.
Riley regressa agora a uma parvónia conhecida como Brookview, lugar onde viveu a sua infância, para descobrir – com flashbacks que nos vão chegando em ilustrações ao estilo de desenhos animados para a criançada – que tem vivido uma mentira de todo o tamanho com a sua mulher, que detesta, e que anda enrolada com um pseudo-amigo seu.
Um regresso que se prende com o facto de o pai estar com cancro e a mãe no hospital, onde irá encontrar uma antiga e pulsante paixão de liceu e desenhar um plano: recuperar a felicidade e os plácidos domingos. Mesmo que para isso tenha de sujar as mãos, convicto de que poderá trocar as voltas à máxima “o crime não compensa”. Crime, drogas, sexo e todos os clichés de um género que, à boleia de boa gente como Raymond Chandler, se tornou em Literatura da boa.
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