A nova obra de Ferzan Ozpetek tem a duração de um suspiro. O autor deu vida a um romance recheado de intrigas e reviravoltas, que nos prende do inicio ao fim. De Roma a Istambul e das aparências às ilusões, “Como Um Suspiro” (Casa das Letras, 2022) é uma viagem no tempo que decorre à velocidade da luz. Em 179 páginas, é-nos dada a conhecer a história de duas irmãs – Elsa e Adele -, separadas pelo tempo e pelo amor. Dentro desta história entrelaçam-se outras: a de um grupo de amigos, que escutam atentos a vida e a separação das duas irmãs, enquanto questionam toda a existência, relações amorosas e escolhas de vida.
O passado, presente e futuro reúnem-se à volta de uma mesa, onde são servidos pratos de dúvidas, incertezas e mentiras. Ao virarmos as páginas nós, leitores, adicionamos os temperos e envolvemos sentimentos adormecidos, paixões e arrependimentos.
Ficam, no final desta refeição, inúmeras pontas soltas, e um indício de que esta história não acabará por aqui. Da próxima vez que organizarem um almoço de amigos, fica o aviso: não abram a porta antes de terem a certeza de que são mesmo eles quem vos bate à porta.
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