Entre as pintinhas da Sofia e as sardas da Camila. É esta a viagem proposta por Inês d’ Almey e Alicia Baladan em “Céu de Sardas” (Bruáa, 2016), um livro que é, também, um jogo apontado a dar largas à imaginação.
A Camila diz ter sido a Via Láctea a cair-lhe em cima, e que as estrelas vivem na sua pele disfarçadas de sardas. Já as pintas da Sofia oferecem, entre elas, muitos caminhos possíveis, e nelas Camila inventa um mapa para viajar “do mar das costas até à falésia do pescoço, passando pela onda da coluna“. Mas também a Sofia se demora entre as sardas da Camila, inventando números, “um para cada sarda, e depois desenha as linhas por ordem”.
Entre pintas e sardas, o jogo preferido de ambas é andar pela pele uma da outra a explorar, deparando-se com números, animais, caminhos, paisagens e todas as histórias que conseguem inventar. Elas e, neste caso, os leitores/jogadores, que têm à sua disposição 54 imagens, dispostas no frente e no verso de 27 círculos – incluindo o joker, que permite começar ou continuar a história como se quiser -, que, como dois lados de uma mesma moeda, se relacionam com as pintinhas da Sofia ou as sardas da Camila.
As ilustrações têm um toque clássico, vintage, por vezes com um rasgo de Alice no País nas Maravilhas, relembrando os jogos de tabuleiro que nos passaram pelas mãos quando éramos crianças.
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