Possuir espírito e personalidade fortes, usar o cérebro e ter cuidado em não deixar cair a escritura durante a batalha. São estes os requisitos que os árias (e os domadores) devem possuir para entoar um cântico em condições, e que servem de porta de entrada a “Blue Exorcist 18” (Devir, 2019), que parece ter dado uma trabalheira danada a Kazue Kato: “Esforcei-me tanto com este volume que quase explodia!”.
Uma vez mais, o livro inclui “A história até agora”, que permite que se possa começar a ler a série a qualquer altura, ainda que seja sempre aconselhável começar pelo primeiro.
Após terem levado a melhor sobre os demónios do passado de Shura, esta, Rin e Yukio regressam à Academia da Verdadeira Cruz, ainda que em estados anímicos bem diferentes – Yukio levou uma tareia das boas e terá de ficar dois meses de molho até recuperar das operações.
Trata-se de um livro jogado em várias frentes: Shiemi ainda não sabe se quer ser uma exorcista, e muito menos entende “como é que o romance é diferente de uma amizade”. Por sorte, a amiga com quem irá estudar Farmacologia Demoníaca leva-lhe uma montanha de livros da série Manga Shogo, que vendeu mais de 20 milhões de cópias e ensina tudo o que há para aprender sobre o amor – pelo menos para uma rapariga do ensino secundário; Amaimom regressa à escola, mas tem de se portar bem uma vez que o prometeu a Mefisto depois deste o ter libertado; quanto a Bon e o Relâmpago, investigam a Noite Azul como o fariam Sherlock e Watson, puxando o véu sobre o Sector 13, enquanto falam dos elixires como poções para a imortalidade e descobrem as primeiras ligações palpáveis aos Illuminati: um contrato de Morinath.
No próximo volume, para além de um olhar fotográfico aos planos de Mefisto, está prometida uma descida às profundezas da Academia da Verdadeira Cruz.
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