Aproximamo-nos do grande final de Assassination Classroom, uma série mangá de 21 volumes com assinatura de Yusei Matsui que, mantendo a tradição, vai mantendo o espírito do diário partilhado, confidenciando ao leitor as muitas dúvidas que o apoquentam quando a meta está tão próxima: “Às vezes surgem-me ideias completamente novas que não sei como encaixar, doutras esqueço-me de aspectos importantes que tinha de ter incluído… é uma dor de cabeça constante. (…) Não sei qual será a maneira perfeita para completar este história, originalmente publicada semanalmente, mas sinto que o método actual poderá ser a chave para o sucesso”.
Em boa verdade, a turma do 3-E está também dividida – e praticamente ao meio. Na “Hora da Cisão” (Devir, 2021), título do 17º volume da série, metade dos alunos quer continuar com o plano para assassinar Korosensei, enquanto a outra metade tenta descobrir uma forma de salvá-lo antes que este rebente com o planeta inteiro.
Korosensei, não querendo interferir mas sempre muito prestável, prepara com esmero uma sessão especial e algo alternativa de paintball, com bolas de plástico de duas cores (vermelho para matar e azul para salvar), facas anti-sensei tingidas e bandeiras e braçadeiras para as duas equipas. “O pior seria se tudo terminasse com uma turma dividida”, diz-nos este sábio polvo de ar bonacheirão, que promete aceitar qualquer desfecho que a batalha traga.
As casas de apostas, se as houvesse, apostariam de caras na equipa vermelha. Não pelo facto de ter mais rapazes, mas por apresentar no seu plantel os especialistas de técnicas como tiro, combate, mobilidade e defesa. A equipa azul, no entanto, acredita que “quando enfrentam grande dilemas, as pessoas revelam a sua verdadeira natureza”, esperando que Nagisa os lidere num combate que promete ser épico.
Pelo meio iremos encontrar muitas surpresas, como o livro dos porquês do Korosensei, que responde a questões essenciais como “será que o Korosensei, que anda sempre descalço, suja o chão da sala?”, ou uma passagem pela Estação Espacial Internacional, que tem todo o ar de uma excursão de finalistas.
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