A professora mais fantástica do mundo está de regresso à sala de aula para ouvir, com muita curiosidade, o seu pequeno e mais imaginativo aluno contar como foram “As Minhas Incríveis Férias de Verão” (Orfeu Negro, 2018). Trata-se do regresso à edição da dupla Davide Cali/Benjamin Chaud, que acrescentam mais um volume a uma série onde já moram os deliciosos “Não Fiz os Trabalhos de Casa Porque…” e “Cheguei Atrasado à Escola Porque…”.
Tudo começa, uma vez mais, com uma das clássicas perguntas da professora, que atira para o ar um meio inocente “Então, o que fizeste neste Verão?“. A resposta é desde logo promissora, valendo um embalo tremendo: “Encontrei um papel dentro de uma garrafa. Não era um papel qualquer – era um mapa do tesouro“.
A partir daqui o relato envolve um pássaro da espécie pega-rabuda, um barco de piratas pouco hospitaleiros, uma lula gigante, um capitão aparentado do Nemo que gosta que lhe arrumem as coisas, uma biblioteca que é quase de Babel, parentes zangados do Tutankamon, e uma passagem por espaços geográficos com lugar para o espaço sideral, uma ilha deserta, o Taj Mahal ou a Muralha da China. Para o final está reservado mais um twist, à boleia de uma professora castiça o suficiente para alimentar a imaginação e evitar o aborrecimento ao seu aluno predilecto.
As ilustrações de Benjamin Chaud são de suster a respiração, colocando em cada A5 o mundo inteiro, cada uma delas capaz de servir de princípio a uma história só dela. Mais um grande livro de uma dupla que já é maravilha há muito tempo.
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