Está de regresso o Arquipélago de Escritores, festival literário que, este ano e pela primeira vez, irá decorrer em duas ilhas do Arquipélago, em dois momentos temporais diferentes: Ponta Delgada, de 25 a 28 de Novembro, e Angra do Heroísmo, de 2 a 5 de Dezembro. Festival que irá ocupar sítios diversos, de bibliotecas a cafés, passando por museus, restaurantes e hotéis, com programações de igual dimensão que procuram unir os açorianos – e os leitores – de todos os lugares em torno dos livros, pretextos adequados para se pensar o mundo.
De 25 a 28 de Novembro, o Arquipélago de Escritores voltará a pisar as ruas da cidade de Ponta Delgada, num evento promovido pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, com direcção de Nuno Costa Santos e coordenação da Alga Viva Produções, e apoios da Direção Regional da Cultura e da FLAD.
A vasta programação integra uma homenagem ao poeta Mário Machado Fraião, nascido no Faial, conversas com o escritor americano Salvatore Scibona e com autores portugueses como Bruno Vieira Amaral, Isabel Lucas, João Pedro Porto e Inês Fonseca Santos e um concerto dos micaelenses The Quiet Bottom. Está também prevista a exibição do filme “Poesia Sem Fim”, do chileno-francês Alejandro Jodorowsky, e o lançamento nacional do romance “O Pirata das Flores”, de Tiago Salazar, com base nas aventuras corsárias do florentino António de Freitas, um açoriano que, no século XIX, depois de ter feito fortuna em Macau, voltou para a sua ilha, onde se fez benemérito e onde está, hoje, dignamente sepultado.
O Arquipélago de Escritores leva, pela primeira vez, um programa completo à ilha Terceira, entre os dias 2 e 5 de Dezembro, pela mão da Alga Viva Produções. Dentro da programação podem ser destacados diferentes momentos, como uma celebração da Angra literária, feita por Álamo Oliveira, Luísa Ribeiro, Urbano Bettencourt e Joel Neto, uma entrevista à autora americana de raízes açorianas Katherine Vaz e uma leitura de poemas feita na Oficina d’Angra – Casa do Sal por Matilde Campilho. Além disso haverá, entre outros acontecimentos, um curso de escrita com Pedro Almeida Maia, uma conversa numa despensa sobre o Espírito Santo, outra sobre “viajantes nos Açores” – com Jorge Forjaz, Maria das Mercês Pacheco e Miguel Moniz – e uma entrevista com Anabela Mota Ribeiro, a propósito do lançamento do livro “Os Filhos da Madrugada”, criado a partir de olhares sobre a vida e o país de um conjunto de pessoas que, nascidas depois do 25 de Abril, se afirmam em diferentes áreas.
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