É mais uma esmerada edição que nos chega do Planeta Tangerina, trazida pela dupla de astronautas Isabel Minhós Martins e Bernardo P. Carvalho. “Apanhar Ar, Apanhar Sol” (Planeta Tangerina, 2022) é um livro duplo, para ler a duas velocidades, conforme o desejo do leitor seja o de apanhar um vento fresquinho ou alguma Vitamina D no corpinho. Um livro que é, segundo os autores, “uma homenagem ao nosso lugar no espaço, ao sol, à atmosfera, à terra. Tem informação, actividades, páginas para respirar fundo, outras só para divertir”.
Apanhar Sol, a primeira destas duas metades, apresenta-nos ao “maior objecto do sistema solar. É tão grande que mais de um milhão de terras caberia lá dentro”. Recuaremos até ao momento do seu nascimento, sentiremos a presença do Hélio (até então nunca identificado na Terra), teremos uma estimativa para o seu apagamento (daqui a cerca de 5 mil milhões de anos).
Saberemos mais sobre a evolução do vestuário ao longo do tempo, óculos de sol, alterações climáticas, plantas madrugadoras, eclipses ou as incríveis abelhas. Pelo caminho, há convites ao desenho, ou incitamentos para colocar perguntas, fechar os olhos e imaginar o que se passa lá longe.
“Sementes, pólen, aranhas, borboletas, andorinhas, albatrozes, milhares de micro-organismos, ar quente e ar frio, humidade. Apenas uns metros ou milhares de quilómetros, rente ao solo ou até às camadas altas da atmosfera, com a ajuda do vento, tudo viaja!”. Está feita a apresentação de Apanhar Ar, a segunda metade deste livro duplo, onde se falará da composição do ar, mas também de coisas tão improváveis quanto expressões e frases feitas ou conversas de café (tidas entre a ventosga e o bafo).
As ilustrações de Bernardo P. Carvalho fazem-se com traço grosso e tendo o preto como cor de eleição, escolhendo, tal como Batman e Robin, uma cor parceira para cada uma das metades: o amarelo para o sol, o azul para o ar.
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