Lembram-se daquele filme dos anos 80, no qual imortais poderosos combatiam à espadada para ver quem conseguia cumprir o lema “there can be only one”? Com argumento de Greg Rucka e arte de Leandro Fernández, A Velha Guarda apresenta-se como “um conto de fadas de sangue e balas”, e diverte-se a brincar com a ideia de imortalidade, tendo como protagonistas duas mulheres e três homens que, aparentemente, não podem morrer.
“Força Multiplicada” (G. Floy, 2022), o segundo volume da série, mergulha na história de Noriko, alguém que se julgou ter-se afogado há uns bons séculos atrás, mas que regressa agora para virar de pantanas a vida de Andy – ou Andrómeca, a bestie de Noriko durante uns milénios -, mas também de Nicky, Joe, Booker e Nile – a jovem recruta que veio trazer algum ânimo à velhada.
Um livro onde se roubam carros desportivos de alta potência, se sente o peso da imortalidade e no qual se experencia a perpetuação do mal, num revisitar da História humana servido às vinhetas. O momento é o de escolher lados, decidindo o que fazer de uma estranha dádiva com tanto de fortuna como de maldição. No final, a promessa fica feita: “A Velha Guarda vai regressar… uma última vez”.
Acção a rodos e cores vibrantes numa história que já chegou ao pequeno ecrã através de uma adaptação da Netflix, que conta com Charlize Theron no papel de Andrómeca – o nome artístico para esse furacão chamado Andy.
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