Com texto de Eva Amores e ilustrações de Matt Cosgrove, “A Pior Semana de Sempre!: Segunda”, deu início a uma semana – e a uma série em sete volumes – que prometia ser negra para o pequeno Justino: vítima de bullying escolar, lidando com um padrasto aparentado de vampiro e sofrendo o embaraço diário de ter o pai a conduzir “uma sanita gigante com rodas”, sem esquecer o rapto do gato por extra-terrestres ou uma intoxicação alimentar que o levou a ficar pendurado numa prancha, a 10 metros de altura da água de uma piscina.
“A Pior Semana de Sempre!: Terça” (Booksmile, 2024) retoma os acontecimentos do dia anterior e, por esta altura, Justino tornou-se uma estrela do Youtube, num vídeo que conta já com 17.890.653 visualizações. O que até poderia ser bom, não tivesse acontecido pelas piores razões: fazer cocó numa piscina pública.
Neste segundo volume, há motivos mais do que suficientes para fazer a festa: um desenho a preceito, que nos leva ao interior do cérebro do pai de Justino, onde a paternidade responsável recebe a mais ínfima das porções; a incapacidade de Justino em manter os olhos abertos nas fotografias de grupo; uma caça às cuecas da sorte num cemitério para atletas de elite; um engano no uso de um creme que vale mais um momento “noja”; uma máquina automática de venda de livros; ou o Esquadrão da Super Ciência, envolvido em experiências tão incríveis como a pasta dos dentes elefante.
O centro da trama deste volume dois acaba por ser a sua relação com Martim, o bully de serviço, que poderá conhecer novos desenvolvimentos quando a mãe de Martim, a professora Reis, parece desenvolver um fraquinho pelo pai de Justino, que aproveitando a onda de (má) fama do filho aposta forte na publicidade ao seu serviço de desentupidor de sanitas: “Sou o pai do Rapaz Cocó”. Um livro com um final grandioso, que nos mostra que depois da inundação não vem necessariamente a bonança. Nunca mais é quarta-feira.
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