Em 2019, no ano em que se comemoraram os 210 anos do nascimento de Darwin e os 160 anos da publicação da sua teoria revolucionária, chegou às livrarias “A Origem das Espécies de Charles Darwin” (Nuvem de Letras, 2019), onde a famosa teoria da evolução é explicada aos mais novos por Sabina Radeva que, além de ter sido a responsável pela adaptação, foi também a ilustradora deste recomendado álbum de capa dura.
Em 1831, ou “há muito, muito tempo”, como se lê no arranque, Charles Darwin percorreu durante cinco anos o mundo a bordo do navio HMS Beagle, visitando terras, estudando animais, recolhendo fósseis tratando de observar e anotar tudo. A sua ideia inovadora foi publicada em 1859, após vinte anos de trabalho, num livro que para a história ficou conhecido como “A Origem das Espécies”.
Nele, Charles Darwin apresenta a teoria da evolução das espécies, que fala da evolução através da selecção natural, explicando uma quantidade de factos biológicos para os quais tentou provar a sua validade e veracidade. Uma teoria controversa e revolucionária, nem sempre bem aceite ou fácil de explicar, que ia da extraordinária diversidade à luta pela sobrevivência, da mais ínfima bactéria à árvore da vida.
Em 2008, Sabina Radeva concluiu os estudos em Biologia Molecular pelo Max Plank Institute, na Alemanha. No ano seguinte, trocou a carreira de cientista pela de criativa, para ingressar no mundo da ilustração. “A Origem das Espécies de Charles Darwin”, o seu primeiro livro, une estes dois mundos numa adaptação fiel e ilustrada a esta teoria, que demonstrou que o poder de observação e a curiosidade em relação ao mundo natural podem resultar em descobertas incríveis.
Ao longo deste álbum em versão comprimida – não inclui a viagem de Darwin a bordo do HMS Beagle -, encontramos citações com balões e caricaturas dos citados, citações do próprio Darwin e, no final, uma conclusão/resumo, onde se apresenta a teoria da evolução da selecção natural em cinco pontos. Há também um anexo que dá um salto cronológico nos tempos pós-Darwin, bem como o desmontar de algumas ideias erradas que ainda se ouvem de vez em quando por aí – como a evolução provar que descendemos dos macacos. Uma adaptação muito bem conseguida.
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