“A minha mãe
Tem o coração
Entre o sol e a noite.
Luminoso como a lua.
Sombrio como a asa de um cavalo.”
Com texto de Stéphane Servant e ilustrações de Emmanuelle Houdart, “A Minha Mãe” (Orfeu Negro, 2017) é um álbum de grande formato, daqueles difíceis de arrumar na estante, que faz uma homenagem à figura da mãe através dos olhos cintilantes de uma filha.
São várias as facetas aqui mostradas – jardim, raposa, loba enroscada, protectora, guerreira -, sempre com a tónica no lado misterioso e fascinante que a figura materna encerra.
As ilustrações, onde se pressente um pequeno mergulho nas águas mexicanas de Frida Khalo, são quadros impressionistas que comportam padrões de roupa, elementos naturalistas, o mundo dos animais ou apontamentos tecnológicos, num intrincado jogo que se funde com a poesia dos textos.
O livro levou para casa o Grand Prix D’Illustration 2016 e, na edição portuguesa, beneficiou do Programa de Apoio à Publicação do Instituto Francês de Portugal.
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