Dez literaturas, dez espaços, uma noite única. É este o lema da Noite da Literatura Europeia que, no dia 4 de junho e em plenas Festas de Lisboa, apresenta um serão literário que promete ser muito bem passado.
Organizada por vários institutos culturais europeus sediados em Lisboa e pelas embaixadas representativas, a Noite da Literatura Europeia decorre das 19h00 às 24h00 em vários espaços emblemáticos da zona do Carmo/Trindade. Durante a noite terão lugar leituras, por 14 actores portugueses, de excertos de obras de 10 escritores europeus. As sessões, de entrada livre, têm a duração de 10 a 15 minutos e repetem-se de meia em meia hora, para o público poder assistir a todas as sessões nos diversos espaços da Noite da Literatura Europeia.
Nesta 4ª edição, há prosa e poesia para todos os gostos: “Sophia, a morte e eu”, romance de estreia do músico e escritor Thees Uhlmann (Alemanha), aborda as questões da morte, do amor e da amizade através de uma divertida road trip; “O leque arrepiado”, primeiro livro de contos da galardoada escritora Ann Cotten (Áustria), reflecte sobre a vida e a arte, um tema transversal à sua obra; “Quando D. Quixote morreu”, do multipremiado escritor Andrés Trapiello (Espanha), é um romance histórico sobre todos os que conheceram D. Quixote em vida e que, por isso, deixaram de ser anónimos; o romance ficcional “A estação da sombra”, da escritora Léonora Miano (França), expõe com crueza as relações entre África e a Europa; a Noite da Literatura Europeia viaja de África para o norte da Europa com “O cometa na terra dos Mumins”, de Tove Jansson (Finlândia), numa viagem à fantasia infantil finlandesa, com direito a estrelas cadentes, cometas e trolls; “Morro como país”, o primeiro texto narrativo do célebre dramaturgo Dimitris Dimitriadis (Grécia), aborda temas como a pátria e a identidade do povo grego, num texto simultaneamente doloroso e teatral; “Memoriais sobre o caso Schumann”, de Filippo Tuena (Itália), é um documentário a múltiplas vozes, dos últimos três anos de vida do compositor Robert Schumann, passados num hospital psiquiátrico; “As primeiras coisas”, romance de Bruno Vieira do Amaral (Portugal), encerra a secção de prosa desta noite, com a descoberta do bairro Amélia e dos seus habitantes, um mundo onde cabe toda a humanidade.
Na área da poesia, a antologia “Poetas checos contemporâneos” (República Checa), uma antologia bilingue, em português e checo, dá a conhecer 10 poetas checos, sendo o galardoado poeta Jakub Řehák o autor lido neste serão. Já “Seleção de poemas” (fantomateca), de Nicolae Prelipceanu (Roménia), dedica-se exclusivamente a desvendar a obra do poeta, prosador e jornalista romeno.
As sessões de leitura decorrem em locais como a Sala de Extrações da Lotaria da Santa Casa da Misericórdia, o Teatro da Trindade Inatel ou ainda o Vertigo Café, entre outros espaços, onde actores como Paulo Pires, Mónica Calle ou Pedro Lima vão dar voz às palavras dos 10 autores europeus.
A Noite da Literatura Europeia é uma iniciativa organizada pela EUNIC Portugal, uma rede de institutos culturais e embaixadas, com o patrocínio da Representação da Comissão Europeia em Portugal. Para mais informações espreite o site oficial.
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