Pérolas. Preciosidades. Jóias. Serão as joias tão importantes? Quem não gosta de apreciar uma belíssima jóia? Falar de jóias é mencionar acessórios presentes na vida dos humanos desde os tempos mais remotos, repletos de significados, simbologia ou status social.
Carmen Posadas reconstruiu o percurso e a vida de uma jóia com mais de 400 anos. Depois de uma visita ao Museu do Prado e apreciar La Peregrina em quadros séculos XVI, XVII, XVIII, interessou-se pela vida desta jóia. Investigou, procurou fontes fidedignas, conversou com especialistas em jóias e reescreveu a história da pérola mais bela e famosa de sempre.
Um escravo, em pleno século XVI, conseguiu a proeza de extrair das profundezas do mar das Caraíbas uma das pérolas mais belas de sempre. Valentia que lhe deu a liberdade. A pérola, de rara beleza, chegou às mãos de Filipe II, rei de Espanha, dando início à lenda que o leitor poderá descobrir ao longo de mais de quatrocentas páginas, organizadas em dez capítulos. “La Peregrina. A pérola mais cobiçada de todos os tempos. Nesse momento, sabia apenas que, quase meio milénio mais tarde, acabou no guarda-joias de Elizabeth Taylor. Mas como é que ela foi de Filipe II até Hollywood? Por quantas mãos teve de passar, em quantas histórias de amor, de desamor, de traição, de abnegação, de cobiça e de sangue se terá visto implicada?”.
“A Lenda de La Peregrina” (Casa das Letras, 2021), o glamoroso romance de Carmen Posadas, possibilita ao leitor questionar-se sobre os objectos: se estes falassem, que segredos contariam? La Peregrina teria muito por contar. Mil e uma histórias seriam ouvidas: de reis e rainhas, de grandes vultos da cultura, de espiões, assassinos, ladrões, contrabandistas ou ainda de guerras, revoluções, traições e grandes histórias de amor. A pérola mais famosa de sempre sobreviveu a muitas destas histórias, mas um dia chegou às mãos de Richard Burton, que a ofereceu a Elizabeth Taylor para selar uma das histórias de amor mais célebres do século XX.
Carmen Posadas nasceu em Montevideo, Uruguai, em 1953. Com uma trajetória de mais de vinte anos, depois de, em 1985, ter publicado “manual del perfecto arribista”, escreveu ensaios, guiões para o cinema e televisão, livros juvenis e ainda vários romances como por exemplo: “Pequenas Infâmias” (Prémio Planeta, 1998) ou “A Bela Otero” (2001). Os seus livros encontram-se traduzidos em vinte e uma línguas e foram publicados em mais de quarenta países. Em 2002, a revista Newsweek considerou Carmen Posadas como «uma das autoras latino-americanas mais destacadas da sua geração».
Sem Comentários