Joseph Kuefler, autor e ilustrador, apresenta-nos a história de “A Escavadora e o Patinho” (Editorial Bizâncio, 2022), onde as máquinas e as escavadoras são personagens que gostam muito de trabalhar, passando os dias a revolver, içar, escavar e a construir. Sempre numa grande azáfama.
Num dia agitado, como sempre, surge um patinho. Parecendo perdido, vagueava pelo espaço caótico e grasnava “quá-quá”. Como seria de esperar ,o patinho amarelo, de olho atento e a saltar de escavadora em escavadora, atrapalhou o serviço e todas as máquinas concordaram que o patinho era muito maçador. Bem, não foi bem assim. Todas, não. A escavadora amarela afirmou: “– Não é nada maçador, anda só à procura da sua mãe!”
A afectividade parece não ser característica das grandes máquinas, pesadas e de cores diferentes, que só pensam em trabalhar. A escavadora amarela, compreensiva, acabou por dar abrigo ao patinho. Os dias passaram, muitas imprevistos aconteceram e o Patinho continuou a fazer companhia às grandes máquinas, conquistando a pouco e pouco o coração de todas as escavadoras. Os dias passaram. Muitos amanhãs vieram, e a mãe do patinho nunca apareceu. O patinho cresceu e transformou-se num pato.
Um dia, o rebuliço das máquinas foi parado por uma grande ventania inesperada. Foi tal o vento que as casas abanaram e as árvores vergaram. As rajadas de vento eram fortes. Fortíssimas. Nesse dia, o pato “abriu as asas e voou. Voou bem alto pelos ares”. Será que o pato crescido nunca mais voltou a visitar as suas amigas máquinas escavadoras? Um livro para ler em conjunto, para dialogar e pensar sobre quão bom é ter uma família.
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