Anne Wiley é uma cirurgiã de topo, com uma equipa cirúrgica permanente de sonho – excepção feita aos anestesistas, que vê como ter a sorte de tirar ou não a palhinha mais curta – e uma vida de sucesso capaz de fazer inveja a muito boa gente.
Isto até ao dia em que perde um doente no bloco – alguém que conhecia e não pelos melhores motivos -, vendo-se envolvida numa investigação interna e externa que a vê como uma potencial criminosa, fazendo-a duvidar se terá ou não cumprido todos os procedimentos.

Empenhada na sua condenação está Paula Fuselier, uma advogada de acusação que, no mundo do crime de Chicago, conquistou uma alcunha de respeito pelo seu recorde de condenações (logo a seguir ao procurador): a Víbora das Árvores.
Com alguns vislumbres de “Em Parte Incerta” – imaculado livro de Gillian Flynn -, Leslie Wolfe oferece neste “A Cirurgiã” (Alma dos Livros, 2023) um thriller que vai escavando um passado familiar cheio de segredos, questionando pelo caminho a diferença entre a justiça e a lei – e que fará com que o leitor pense duas vezes antes de se sentar numa maca de hospital.
Sem Comentários