Numa era cada vez mais virada para a tecnologia e o sedentarismo, é essencial, sobretudo no que toca aos mais novos, oferecer-lhes uma educação ambiental e proporcionar-lhes o contacto directo com a natureza. “A árvore da escola” (Kalandraka, 2016), escrito por Antonio Sandoval e ilustrado por Emilio Urberuaga, é um exemplo de como uma boa ideia ficcional se poderia estender à vida real, como numa corrida de estafeta onde o testemunho seria passado de escola em escola.
O livro mostra a relação de um menino com uma pequena e praticamente invisível árvore, e a forma como, através do carinho e do afecto que lhe dedica, consegue criar nos colegas e na professora um sentimento colectivo de protecção e integração da vida natural no dia-a-dia da escola, levando a que este salte os muros da escola.
A acção decorre num espaço físico limitado – o pátio da escola – mas, nessa aparente falta de espaço, o autor consegue apresentar uma série de pontos de vista e sentimentos, que vão da desconfiança e desinteresse iniciais a um sentimento colectivo de protecção e fruição do lado natural da vida. Para tal, bastou que alguém decidisse dar o primeiro passo, olhando com atenção para algo que estava invisível mesmo à vista de toda a gente.
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