É mais um livro assinado pelo mestre Eric Carle, e que segue a mesma linha de títulos como “A pequena semente“, “A lagartinha muito comilona”, “A joaninha resmungona” ou “O grilo muito silencioso”: um livro de estrutura encadeada, propenso às repetições e que faz uso de técnicas de colagem com uma variedade de formas e cores.
Neste “A aranha muito ocupada” (Kalandraka, 2020), o leitor vê-se guiado por um fio de seda, soprado juntamente com a sua aranha por um vento caprichoso, que os deixa numa cerca, lugar onde a teia começa a ganhar forma.
Os convites para uma pausa são muitos, mas a aranha adopta o lema de não beber, correr, beber ou passear durante as horas de serviço, dedicando-se em exclusivo à sua cena. Durante esta construção, o leitor verá desfilar um jardim zoológico apreciável, aprendendo a falar a língua dos muitos animais que vão levando nega desta aranha muito zelosa.
Um livro que é puro Carle, aqui numa edição onde a aranha, a teia e uma mosca irrequieta ganham relevo, terminando com um céu nocturno que serve de cenário a esta magnífica teia tecida para os mais novos. Recomendado mesmo para aqueles que têm medo de aranhas.
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