Por muito que o ano seja tão comprido quanto um pescoço de uma girafa, não há como enganar a pequenada e saltar o dia mais esperado do ano: a véspera de Natal. Entre a lenda e o mito a história do Pai Natal está para durar, tendo já contado com mudanças de indumentária e variações sobre o seu verdadeiro local de morada. No futuro, quem sabe, talvez deixe de ser barrigudo e, no dia em que decidir aparar a barba, então é que cairá do céu o Carmo e a Trindade.
De Jean Reagan e Lee Wildish, a mesma dupla que nos trouxe os álbuns familiares “Como tomar conta de uma avó” e “Como tomar conta de um avô”, chega agora “Vamos apanhar o Pai Natal?” (Booksmile, 2015), um livro que promete relevar tudo aquilo que os mais pequenos sempre quiseram saber sobre esse herói roliço de longa barba branca. Às perguntas que os pequenos sempre quiseram colocar – “Como consegues caber nas chaminés com essa barriga tão grande?” ou “Os duendes nunca pedem para dar uma volta no trenó?” -, acrescentam-se também algumas artimanhas muito úteis para quem o quer tentar apanhar em flagrante.
Há também, pelo meio das ilustrações redondinhas e cheias de espírito natalício, informações muito úteis para quem quer levar a sua água ao moinho ou, se quiserem, as prendas para o seu espaçoso saco, como frases que ficam sempre bem – “estou a esforçar-me muito para ser bonzinho” – ou coisas que podem servir de oferta de boas vindas, como espanhar desenhos do Pai Natal com a família pela casa ou deixar como prenda uma lanterna de cabeça para as chaminés muito escuras. E, apesar de se saber que o Pai Natal não entra em casa alheia enquanto não estiver tudo a dormir, arriscam-se algumas artimanhas para o tentar caçar e tirar a prova dos nove. O melhor de tudo é que, se ainda não for desta, haverá sempre o próximo ano.
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