Há filmes e livros que nos agitam, que activam a angústia e o medo em modo longa duração, com as imagens a caírem-nos à frente, quer no sono, quer acordados. Este é um deles.
“Um, Dó, Li, Tá” (Topseller, 2014), com selo da Topseller, sugere uma lenga-lenga de crianças mas, rapidamente, percebemos que passa para um cenário não aconselhável a menores de 18 anos. Trata-se, nada mais nada menos, de uma fórmula: duas vítimas, uma morte – o par escolhe.
Seguimos Helen Grace, inspectora exemplar em notória ascensão e a sua equipa, em particular Mark Fuller, elemento talentoso mas que, com a eclosão de um divórcio imprevisível, llhe viu serem provocados grandes estragos no trabalho. O desafio é perceber o padrão e evitar a morte de mais pessoas, numa sequência aterradora de escolhas entre quem vive e quem morre.
A sequência da investigação é interrompida por relatos de uma criança e, o nosso desconforto interior, vai aumentando até fazer um nó na garganta. M. J. Arlidge consegue prender-nos à linha do comboio e, mesmo vendo a locomotiva aproximar-se à velocidade máxima, não conseguimos sair da linha.
“Um, Dó, Li, Tá” é o romance de estreia de M.J.Arlidge e a Penguin, autora-mãe, assegurou-se de que iremos ter continuidade: o autor assinou contrato até ao 5º volume. Nos últimos 5 anos M.J.Arlidge produziu um grande número de série criminais passadas em horário nobre no Reino Unido e, actualmente, encontra-se a escrever uma série policial para a BBC.
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