Depois de “O hipnotista”, “O executor” e “A vidente”, a dupla Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril – que assina a uma só voz literária como Lars Kepler – continua a oferecer policiais atravessados pelo negrume onde, mais do que o despontar da poesia ou o deslumbramento literário, se pretende tirar uma radiografia de corpo inteiro ao mal.
Neste novo “O homem da areia” (Porto Editora, 2014), continuamos a acompanhar os casos policiais entregues ao comissário Joona Lima, que desta vez terá pela frente Jurek Walter, um dos assassinos em série mais perigoso do planeta que se encontra fechado a sete chaves na ala psiquiátrica de um hospital de alta segurança. Embora esteja detido há mais de uma década, a Polícia nunca conseguiu desvendar os seus crimes, ou descobrir o paradeiro das suas inúmeras vítimas.
Porém, quando o jovem Mikael Kohler-Frost – supostamente morto há sete anos – é encontrado a vaguear numa ponte ferroviária, hipotérmico e a um pequeno passo da morte, Joona terá oportunidade para reabrir o caso, tentando descobrir onde se encontra escondida a irmã de Mikael. Para isso, irão tentar o impossível: infiltrar uma agente na ala psiquiátrica para arrancar a verdade a Walter.
“O homem de areia” move-se entre o horror e o susto, numa história que parte de uma lenda infantil ao bom estilo dos Grimm: o homem de areia lançava areia nos olhos das crianças para que elas adormecessem e dormissem a noite toda. Quanto ao leitor, o melhor é ir-se preparando para uma noite de insónia.
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Em qualquer livraria ou directamente através da editora.