“Monstros Fantásticos & Onde Encontrá-los” | Newt Scamander

Nascido em 1897, Newton – Newt para os amigos – Artemis Fido Scamander cedo herdou da mãe, uma reputada criadora de hipogrifos, o gosto pelos monstros.

Newt acabou por se licenciar na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts, passando a integrar o Ministério da Magia no Departamento de Regulação e Controlo de Criaturas Mágicas. “Monstros Fantásticos & Onde Encontrá-los” (Editorial Presença, 2015 – reedição) é fruto das suas muitas viagens ao estrangeiro e, dizem os especialistas das contagens e das estatísticas, alcançou já a edição número 52.

Livro obrigatório na cadeira de Cuidados a ter com as criaturas mágicas, foi a primeira obra da Editora Obscurus a ser facultada aos Muggles, tudo por culpa da Comic Relief – a associação para a qual reverte parte das receitas da venda do livro. Além dos muitos ensinamentos, inclui notas nas margens feitas por Harry Potter e amigos, às quais a impressão não conseguiu escapar nem por artes mágicas.

Este será um livro para os fãs incondicionais de Harry Potter e do seu universo, que se divertem a coleccionar tudo o que vai sendo editado. E, para quem não sabe, Newt Scamander é mais um pseudónimo criado por J. K. Rowling, o que faz de “Monstros Fantásticos Onde Encontrá-los” mais uma peça do colorido puzzle Hogwartsiano – há também, por exemplo, “ O Quidditch Através dos Tempos”.

Não faltam boas razões para adicionar este livro à biblioteca dedicada ao mundo do fantástico: define-se o que é um monstro, provando-se o grande erro de o ter definido como tudo aquilo que não tinha 2 pernas; traça-se uma breve história do conhecimento dos muggles sobre as criaturas fantásticas; publicam-se as classificações do Ministério da Magia, que regulamenta todos os monstros, seres e espíritos conhecidos segundo a sua perigosidade; e, cereja em cima do bolo – e a grande fatia do livro -, um dicionário de A a Z dos monstros fantásticos.

Não faltam criaturas conhecidas como o Lobisomem, a Fada, o Gnomo ou a Esfinge, mas a maior parte dos espécimes apresentados é deveras surpreendente: a Acromântula, uma aranha monstruosa com oito olhos e capaz de falar como um vulgar humano; o Barretinho-Vermelho, uma criatura semelhante aos anões, que vive nos buracos dos antigos campos de batalha ou onde quer que tenha sido derramado sangue humano; ou o Bundimun, habilitado a rastejar debaixo dos soalhos e atrás dos rodapés, infestando as casas onde habita. Se não aumentar o conhecimento real dos mais pequenos, dar-lhes-à pelo menos asas à imaginação.