Durante cinco dias de grande literatura, apanhámos no ar algumas frases que nos ficaram na retina e, principalmente, no ouvido. Enquanto ganhamos balanço para a redacção do artigo final, ficam as frases do alheio que ficaram impressas nos cadernos do Deus Me Livro durante as Correntes d`Escritas 2016.
“Somos um pouco romancistas de nós próprios.”
Javier Cercas
“Dar a conhecer a cultura de um país deveria ser um serviço obrigatório, que se não cumprido daria cadeia.”
António Victorino D`Almeida
“Evitamos a melodia das coisas.”
José Tolentino Mendonça
“Não vou puxar a brasa à minha sardinha, vou puxar o fogareiro todo.”
Hélia Correia
“Escrevo romances de aventuras sobre a aventura de escrever romances.”
Javier Cercas
“Nos dicionários que tenho lá em casa não aparece a palavra catarse.”
Manuel Alegre
“Os livros não acabam no fim, se acabassem seria nos leitores.”
Afonso Cruz
“Quando tudo se torna óbvio e regulado, deixa de haver lugar para a surpresa. Os sentidos adormecem.”
José Tolentino Mendonça
“Sinto-me no altar de Deus nesta festa.”
Antônio Torres
“Cada livro cria regras distintas, não pode haver dois livros com as mesmas regras. Um livro formula uma pergunta, e as perguntas devem ser diferentes de livro para livro.”
Javier Cercas
“É sempre a interpretação que torna o livro uma coisa viva, sobretudo na poesia.”
Harrie Lemmens
“Procuro encontrar a gema do agora.”
Matilde Campilho
“A nossa auto-biografia é também uma história da nossa pele, de como fomos tocados ou não.”
José Tolentino Mendonça
“Nunca fui além do gatinho das botas que, afinal, sofria de tonturas.”
João de Melo
“O futuro é um jogo de miragem.”
Jose Manuel Fajardo
“A sabedoria, tal como o paladar, é uma arte do desejo.”
José Tolentino Mendonça
“Sou o aprendiz de poeta que conta histórias.”
Lopito Feijó
“Nos livros corre o vírus incontrolável do pensamento.”
Inês Pedrosa
“Sou um escritor que não consegue inventar.”
Julián Fuks
“Já estive no Peru. Apanhei lá uma perua!”
Mário Zambujal
“A diversidade sonora é sem dúvida um mágico lugar.”
José Tolentino Mendonça
“Nada acaba no fim, começa muito antes no princípio.”
Onésimo Teotónio Almeida
“O futuro é uma antecipação da perda.”
Jose Manuel Fajardo
“Não estamos preparados para o silêncio.”
José Tolentino Mendonça
“Tenho uma necessidade de falar comigo em silêncio, e que vai invadir o silêncio dos outros.”
Manuel Rui
“Pesquisa é trabalho. E a única coisa que me embaraça é o trabalho.”
Mário Zambujal
“O único compromisso que firmei na vida foi com a imaginação.”
Álvaro Magalhães
“Os textos são construídos por pelo menos 65% de tempo.”
José Luis Peixoto
“Lutamos num passado que está a escapar de forma permanente, que nos obriga a procurar referências.”
Jose Manuel Fajardo
“O passado não se explica, confere uma identidade.”
Jose Manuel Fajardo
“A leitura dá-nos muitas vezes o sentido da solidão, mas uma solidão partilhada, um encontro do leitor com o texto.”
José Tolentino Mendonça
“Existem livros que são cidades, que têm subúrbios, jardins e museus, e livros que são caminhos, mapas e guias que conduzem a outros livros.”
Fernando Iwasaki
“Estou na aprendizagem do silêncio.”
Matilde Campilho
“Qual é o grande sonho colectivo que temos hoje como Humanidade? O futuro já não é o que era.”
Jose Manuel Fajardo
“O Impostor é um romance sem ficção saturado de ficção.”
Javier Cercas
“Se há coisa de que tenho medo é de parecer melhor do que sou.”
Mário Zambujal
“Se a literatura infantil fosse um edifício, deveria ter um porteiro que só deixasse entrar os poetas.”
Álvaro Magalhães
“Os romances formulam questões mas não as respondem.”
Javier Cercas
“Todas as coisas que realmente prezamos são aquelas que têm um fim em si.”
Afonso Cruz
“Não sou o mesmo homem de livro para livro.”
Valter Hugo Mãe
“A Literatura é um mapa.”
Fernando Iwasaki
“Sou do tempo em que o arco-íris era a preto e branco.”
Onésimo Teotónio Almeida
“O romance é o lugar onde cabe tudo.”
Javier Cercas
Sem Comentários