Os diários já não são como eram. Pelo menos a julgar por “Diário rebigodudo” (Planeta, 2015), criado pelo super-rato Geronimo Stilton, de quem já conhecemos as aventuras ao leme do jornal diário Eco dos Roedores.
Ao contrário de um livro em branco, “Diário rebigodudo” funciona mais como um diário condicionado, que mais do que um primeiro confessionário ou psicanalista serve, para a história futura, como um álbum de recordações – a escrita confessional pode ficar para mais tarde.
Neste livro de capa dura e almofadada – e que traz uma caneta exclusiva – há de tudo um pouco para que os mais pequenos treinem a escrita e outras habilidades: espaço para as ideias serem anotadas, uma pequena agenda, um calendário mensal com uma entrada diferente para cada um dos meses, muitos lugares para colar fotografias, tudo sobre palavras e códigos secretos, inquéritos e muitas e diversas actividades.
Uma transição perfeita para o diário sem bonecos, que se chega à frente como uma primeira forma de auto-conhecimento – ainda que isto só seja descoberto anos mais tarde pela pequenada.
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