Projecto de promoção e educação para a saúde pública com o desenvolvimento a cargo da secção regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos, Geração Saudável é uma colecção dirigida aos mais pequenos, que deseja incutir-lhes hábitos de vida mais saudáveis – além de os alertar para questões como a utilização dos medicamentos ou para doenças cada vez mais comuns e globais como a diabetes, temas dos dois primeiros volumes editados com o selo da Pato Lógico.
“Atento ao medicamento” – com texto de Carla Maia de Almeida e ilustrações de João Fazenda – começa, desde logo, com uma nota prévia: “Não tomamos medicamentos só quando estamos doentes. Também recorremos a eles com o objectivo de prevenir doenças, aumentando assim o nosso bem-estar e qualidade de vida.”
A acção tem lugar no Bairro Alexandre que, como (não) muitos bairros de uma grande cidade, tem árvores, um jardim com esplanada, cafés, lojas, cabeleireiro, um quiosque, uma livraria, uma geladaria, uma creche e um centro de saúde. Mas, também, uma farmácia, lugar onde decorre quase toda a narrativa deste “Atento ao medicamento”.
O livro é uma apologia das farmácias, bem como do papel que os farmacêuticos – que antigamente eram conhecidos por boticários – vão desempenhando como médicos instantâneos, dando todo o tipo de conselhos, respondendo a dúvidas e, muitas vezes, esboçando o diagnóstico que ajuda no tratamento dos sintomas e doenças que por lá passam.
Os mais pequenos vão deparar-se com um verdadeiro manual do medicamento: fala-se da importância de tomar os medicamentos como prescritos pelo médico, das doses e as horas das tomas (sobretudo os antibióticos); aborda-se a importância da sua boa conservação; mostram-se as diferenças entre as doenças prolongadas ou crónicas e as pontuais ou agudas.
Já “A ilha dos diabretes” – com textos de Carla Maia de Almeida, Cristina Cunha Cardoso e Pedro Borrego e ilustrações de João Fazenda – serve de cartão-de-vista a uma doença cada vez mais comum: a diabetes. Uma doença que “através da alimentação, do exercício físico, da medicação e, sobretudo, de uma boa atitude“, pode ser vivida com tranquilidade.
Através do paralelismo entre insulina e ínsula, que significa ilha, mostra-se a importância de cuidar bem do corpo, uma ilha que precisa de todos os cuidados. E faz-se, por exemplo, a apresentação da caneta de insulina, uma forma de fazer deste um objecto comum que não seja alvo de descriminação, na escola ou em qualquer outras situação de vida.
Ambos os livros são graficamente apelativos, muito graças às ilustrações de João Fazenda que recorre a cores fortes e fundos coloridos, ao mesmo tempo que se faz uso de diferentes tipos de lettering que variam de tamanho, alternam entre capitais e maiúsculas e mudam de cor. Se depender desta colecção, as próximas gerações serão saudáveis que nem um pêro. Ou um quilo deles.
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