No que à sede de imaginação e espírito visionário na literatura dizem respeito, Jules Verne terá sido um dos seus agentes mais activos, prevendo coisas – sobretudo invenções – que, se na altura foram consideradas pura parvoíce, hoje já ninguém lhes dá grande importância, tendo-se tornado parte integrante e quase banal do quotidiano.
Reza a história que, para criar uma das suas personagens mais míticas – o Capitão Nemo -, Jules Verne se terá inspirado num marinheiro que ele e os seus amigos terão conhecido quando, muitos anos antes, andavam na escola. Capitão Nemo que, n`As aventuras do jovem Jules Verne, serve de narrador e anfitrião.
Com texto de Miguel García e ilustrações de Álex Ferreiro e Paco Torres, a colecção que nos chega com o selo da editora Planeta conta já com dois títulos publicados: “A ilha perdida” e “O farol maldito”.
Em “A ilha perdida”, quando na cidade se anuncia a apresentação de um balão aerostático, Os Aventureiros do Século XXI – ou seja, Jules e os amigos Caroline, Marie e Huan – não aguentam a espera e decidem dar uma espreitadela. O que eles não sabem é que há forças sinistras que se opõem ao progresso, e que tudo farão para que a apresentação seja um desastre. Em três tempos, Jules e companhia ver-se-ão atirados para uma terra hostil, onde terão de recorrer à inteligência, à imaginação e ao espírito de equipa para se verem livres de uma tremenda alhada.
“O farol maldito” gira à volta de algo em que muita gente acredita, mesmo que não o afirme: fantasmas. Quanto a Jules, ouvindo falar de um farol abandonado onde supostamente vive um deles, decide visitá-lo para poder para tirar a prova dos nove científica. E, mesmo que fantasmas nem vê-los, a verdade é que algo de muito estranho se passa por lá. O que, uma vez mais, vai fazer com que os pequenos aventureiros corram perigo.
No espírito das aventuras de Os Cinco – e acompanhadas por pequenas ilustrações que servem de abertura aos capítulos –, estas duas histórias da colecção As aventuras do jovem Jules Verne servem de cartão-de-visita para que os mais novos, ainda em pezinhos de lã, possam entrar no maravilhoso mundo inventado pelo escritor francês.
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