É mais um livro apontado à quadra natalícia, este protagonizado pela inimitável Olivia, uma porquinha contestatária e com uma tremenda imaginação. Que, diga-se, está um pouco ansiosa com as festividades, uma vez que a família deixou tudo por fazer até à véspera. Literalmente: comprar as últimas prendas, montar e enfeitar o pinheiro, desenrolar as sempre complicadas luzes.
Depois de uma última verificação da lareira, o que lhe vale ganhar um pouco de fuligem, Olivia recusa fazer arder os troncos, não vá o Pai Natal ficar tostado com a sua grande mas silenciosa entrada durante a noite.
Em “Olivia Prepara Natal” (Gradiva, 2024), acompanhamos o pendurar das espaçosas meias, a ceia familiar, o leite e as bolachas deixadas ao homem barbudo que vem do frio, a ansiedade antes do sono chegar e, na manhã seguinte, a abertura dos tão desejados presentes, uns bem mais fixes do que outros – e que nos remetem para um lamento universal da pequenada: porque não apenas brinquedos?
Há ainda algumas páginas para serem folheadas e abertas como presentes, neste álbum onde Olivia mostra ter uma criatividade à prova de serra, sonhos musicais e um talento natural para construir bonecos de neve à sua imagem – apesar do pouco jeito para esquiar. Ho Ho Holivia!
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