As opiniões dividem-se. Alguns dizem que deve ser lido antes de tudo, outros que não deverá ser lido depois do terceiro, outros ainda que não interessa mesmo a ordem de leitura. Falamos de “A Lâmina da Assassina” (Marcador, 2024), a prequela da série Trono de Vidro, um conjunto de cinco contos sequenciais que exploram a história de Celaena Sardothien, e da forma como esta se transformou numa letal assassina ao entrar para a poderosa Guilda de Assassinos, comandada com mão de ferro e muita subtileza pelo Mestre Arobynn Hamel.
Começando com o assassinato de Ben, o braço direito de Arobynn, Sarah J. Maas conta-os o segredo sobre a identidade de Celaena, que parte em missões que a levam a ilhas remotas, desertos hostis e, pelo caminho, a mudar a agulha da sua relação com o rival Sam, como ela um educado, requintado e rico assassino.
Conhecemos o Senhor dos Piratas, que diz ter consigo o mapa dos oceanos do mundo. Velejamos rumo à Terra Deserta, lugar onde Celaena irá conhecer o Mestre Mudo dos Assassinos Silenciosos. Somos apresentados aos clãs Dentesdeferro, bruxas que têm dentes tão afiados como os de um peixe – e que serão um trunfo dos volumes vindouros. Descobrimos o gosto de Celaena pelo luxo, que acentua o seu lado exótico, sedutor e imperial. Percebemos o alcance dos tentáculos de Arobynn que, como uma aranha, mantém todos presos à sua teia. E vislumbramos, a dado momento, o Castelo de Vidro, com “as torres que roçavam o céu, os torreões reluzentes ao sol do meio da manhã. Tinha sido construído sobre o castelo de pedra original e era o grande feito do império de Adarlan”.
Não comecem a série por aqui, mas a dado momento façam de “A Lâmina da Assassina” uma paragem obrigatória – por aqui, aconselharíamos a sua leitura antes de “Rainha das Sombras”, o quarto livro da série que soa como um ajuste de contas.
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