O Misty Fest regressa de 1 de Novembro a 1 de Dezembro, numa edição – a 15ª – que irá percorrer as cidades do Porto, Lisboa, Braga, Espinho e Loulé, cruzando as geografias do mapa musical. A viagem far-se-á da morna ao jazz, da música clássica à acústica dos pianos, do fado e da guitarra portuguesa passando pela pop electrónica até ao flamenco, mas o grande destaque vai para a electrónica. Depois de termos avançado com os primeiros nomes do cartaz, revisitamos agora a matéria dada e acrescentamos o que faltava.
27 Novembro | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
30 Novembro | Casa da Música, Porto
A multipremiada fadista LINA_ está de regresso com um novo trabalho editado mundialmente pela editora alemã Galileo Music em Janeiro de 2024. O título deste trabalho é LINA_ Fado Camões e conta com a Chancela de Manifesto de Interesse Cultural. Aclamado pela crítica nacional e internacional, atingiu o nr #1 do top europeu de World Music – World Music Charts Europe -, o nr #2 no Transglobal World Music Charts Worldwide e ainda top of the world tracks da revista britânica Songlines Magazine.
Este espectáculo apresenta a poesia de um dos mais notáveis poetas portugueses, Luís Vaz de Camões, adaptada ao fado tradicional e produzido pelo britânico Justin Adams (Robert Plant – Led Zeppelin, Tinariwen, Souad Massi), com arranjos de John Baggott (Massive Attack e Portishead), num trabalho que ao vivo conta com Ianina Khmelik (piano e sintetizadores) e Pedro Viana (Guitarra Portuguesa), incluindo vídeos do Collective of Two, design de iluminação de Tela Negra (Miguel Ramos) e som ao vivo de Marco Silva.
26 Novembro | Casa da Música, Porto
27 Novembro | Centro Cultural de Belém, Lisboa
29 Novembro | Theatro Circo, Braga
“TIMBRE” é o mais recente álbum de estúdio de Salvador Sobral, editado no final de Setembro de 2023 e que se apresenta agora nos palcos do Misty Fest 2024. O regresso às edições discográficas aconteceu depois de o artista nos ter vindo a brindar ao longo dos últimos meses com vários temas que fazem parte do alinhamento: “al llegar” (feat. Jorge Drexler), “pedra quente” e, mais recentemente, “de la mano de tu voz” (feat. Silvana Estrada).
Este trabalho é composto por 11 originais, 10 criados em parceria com Leo Aldrey, responsável também pela produção. Sobre o título, afirma Salvador Sobral que “surgiu por duas razões principais. A primeira, talvez mais óbvia, é porque antes de tudo nesta vida eu sou cantor, um intérprete e aquilo que mais me define e distingue é a minha voz, o meu timbre. A segunda razão é o facto de me interessar o conceito de timbre enquanto cor, a cor da voz, a cor dos instrumentos. O disco é como uma palete colorida de timbres que disparam claridade. Ah! E há uma terceira motivação para o nome do disco. É que timbre é igual em muitas línguas latinas e germânicas. Escreve-se igual e significa o mesmo. Parece que o conceito de TIMBRE é universal e põe-nos a todos de acordo.”
8 Novembro | Casa da Música, Porto
9 Novembro | Capitólio, Lisboa
O que nos torna humanos senão os nossos sentimentos? Esta filosofia tem estado na base de grande parte do trabalho de Christian Löffler. Intuitivo e directo, o processo criativo de Löffler sempre foi uma tentativa de capturar algo de seu mundo interior. Algo profundo e único. No seu novo álbum, “A Life”, o produtor alemão faz o seu mais firme apelo à nossa humanidade.
À medida que entramos numa nova era de primazia tecnológica, desta vez através do domínio da inteligência artificial, Christian Löffler oferece-nos um caminho alternativo para a expressão artística. O resultado é uma viagem que nos lembra que a música não é um produto, mas sim uma criação nascida da mão e da alma de alguém. Os sentimentos continuam a surgir como principal matéria-prima, pintando impressionistas pinturas sonoras que atingem o coração de quem as recebe. É, também, um reflexo de algumas de suas últimas introspecções; questões sobre a direção cada vez mais tecnológica da música eletrónica, e onde ele, como músico, se encaixa nesse quadro.
Como normalmente acontece com Christian, as suas meditações levam a expressões e, desta vez, no disco “A Life” é possível descobrir uma voz mais positiva e optimista que inspira esperança no ouvinte e no nosso futuro. “Com o novo álbum, eu queria libertar-me completamente de todas as estruturas ou regras. Senti-me de volta às minhas raízes e à minha adolescência, quando criar a música era apenas diversão e nada mais” – afinal, é isso que faz “Uma Vida” que vale a pena ser vivida.
Natascha Polké é o nome escolhido para assegurar as primeiras partes dos concertos de Christian Löffler no Misty Fest, a 8 de Novembro no Capitólio, em Lisboa e, no dia a seguir, na Casa da Música no Porto.
Em franca ascensão, Natascha Polké é actualmente considerada uma das mais excitantes jovens artistas da electrónica, combinando batidas melancólicas com uma voz íntima que nos evoca a percorrer universos do real e da ilusão. Na verdade, a música desta DJ é o reflexo da sua ligação com diferentes gerações e culturas, mas também das suas vivências mais pessoais e emotivas. Gosta de explorar línguas ancestrais, como o celta, e misturar instrumentos tradicionais com música eletrónica moderna. Com um passado indie/folk pop e já com créditos firmados na vibrante cultura underground suíça, Polk é um nome a reter na electrónica europeia.
2 Novembro | Casa da Música, Porto
15 Novembro | B.Leza, Lisboa
Nancy Vieira é considerada uma das mais reputadas artistas a explorarem, no presente, o imenso património musical de Cabo Verde. Vem ao Misty Fest apresentar o seu novo álbum, “Gente”, que ela mesma produziu com Amélia Muge e José Martins. O concerto viaja pela diáspora lusófona, cruzando sonoridades como a morna, o samba e o fado, e vai a outros lugares. É que, na voz de Nancy, cabe o mundo.
9 Novembro | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
10 Novembro | Casa da Música, Porto
Após uma residência esgotada de quatro espetáculos no Le 360, em Paris, o pianista e compositor canadiano Tony Ann faz a sua estreia numa digressão mundial. Com mais de 5 milhões de seguidores globais nas redes sociais, Ann leva o seu espectáculo ao vivo para a estrada, entretendo multidões com as suas performances que ultrapassam os limites do género neoclássico. Apresentando destaques da sua trilogia de EP’s Emotionally (Blue, Orange e Red), colaborações pop e faixas inéditas, Ann está muito motivado para trazer o seu mundo de emoções e harmonia para os palcos do mundo, nomeadamente em Portugal.
Virtuoso de profissão, Tony Ann é um pianista a solo com grandes ideias. Funde os estilos, usa o novo e o antigo com um efeito de tirar o fôlego. Apresenta-nos maneiras de, não apenas, ultrapassar os limites do neoclássico e da música instrumental, mas também da música popular. Usa com sucesso todas as 88 tonalidades a seu favor, com composições originais com emoção, técnica e alcance.
27 Novembro | Musicbox, Lisboa
O produtor berlinense Nils Hoffmann vem ao nosso país com o novo disco “Running In a Dream”, trabalho que firma um admirável percurso em ascensão, posicionando-o como um dos mais excitantes jovens artistas da electrónica mundial. Moldado pela música e pela cultura eletrónica alemãs, Hoffmann tem formação em piano clássico e cresceu a ouvir nomes como Paul Kalkbrenner e Trentemoller. Inspirado na house progressiva e melódica, até à data, o produtor de 28 anos já acumulou 120 milhões de streams em todas as plataformas. Hoffmann actuou em alguns dos principais festivais de verão como o Tomorrowland ou o Echelon Festival e secundou actuações de nomes como Ben Bohmer, Gorgon City, Franky Wah, Stephan Bodzin ou Tiga. Com o lançamento do novo trabalho, Nils Hoffman embarca numa digressão mundial que passa pela Austrália, Estados Unidos e pelo continente europeu, com paragem obrigatória no Misty Fest.
15 Novembro | Capitólio, Lisboa
16 Novembro | Auditório de Espinho – Academia
Do outro lado do Atlântico, Brandee Younger visita o Misty Fest. A norte-americana, conhecida por ampliar as fronteiras do som da harpa rumo a paragens sonoras tão diversas como o jazz, a soul e o funk, actua pela primeira vez no nosso país, onde mostrará os temas do último álbum “Brand New Life”, uma colecção de originais, mas também de releituras de composições de ídolos confessos como Dorothy Ashby.
Younger fez história ao tornar-se a primeira mulher negra a ser nomeada para o Grammy de Melhor Composição Instrumental. Este ano, na 55.ª edição dos NAACP Image Award conquistou o prémio na categoria jazz com “Brand New Life”.
26 Novembro | Centro Cultural de Belém, Lisboa
27 Novembro | Casa da Música, Porto
GoGo Penguin, o cinematográfico trio de break-beat de Manchester que cobre o palco com electrónica, trip-hop, jazz, rock e música clássica, estará em Portugal para duas datas, a tocar músicas do seu mais recente álbum: “Everything Is Going to Be OK” (Sony Music XXIM), o nono álbum, em onze anos, da banda inglesa de jazz formada em Manchester em 2012. Repleto de optimismo e de novos começos, com um novo baterista, uma nova editora e um som subtilmente actualizado, a banda está a viver uma nova era sonoramente mais liberta, mas sem perder a sua música ímpar que incorpora elementos de electrónica, trip-hop, jazz, rock e música clássica. “Everything Is Going to Be OK” nasceu de um momento de turbulência e perda na sua formação original. Durante um período pessoalmente difícil para a banda, o estúdio tornou-se um refúgio. O resultado foi um projecto pleno de compreensão e empatia partilhadas.
28 Novembro | B.Leza, Lisboa
29 Novembro | Casa da Música, Porto
A Lisboa multicultural vive no adn artístico de Luiz Caracol. O músico, cantor e autor forjou uma identidade própria que espelha a ligação com a capital onde reside, mas também com as culturas de vários países de língua portuguesa, como o Brasil, Cabo Verde ou Angola. Entre o Ser e o Partilhar há uma vontade intrínseca de regressar aos palcos com “Sou”, um espectáculo pensado na vivência dos concertos ao vivo. Inspirado no seu mais recente álbum, “Ao vivo no Namouche”, este concerto é o espelho da lusofonia numa linguagem reveladora da riqueza cultural que é, afinal, reflexo na música de Luiz Caracol. Bombos, guitarras braguesas e cavaquinhos convivem com a modernidade e a fusão dos teclados e das guitarras elétricas.
Ao vivo, o músico ensaia uma verdadeira celebração das memórias da portugalidade, das estórias, das raízes culturais que são parte de cada um de nós, ao mesmo tempo que continua a dar voz à vulnerabilidade, à luta por causas como a igualdade, a consciencialização social e ambiental. A tal voz da luta que é constante no corpo musical deste multi-instrumentalista. Esta é, afinal, a musicalidade que nos transporta para outras paragens repletas de frutos maduros, com sabor a multiculturalidade feita de tantas cores, de tantas sonoridades, de tantas heranças. A música de Luiz Caracol é – e será sempre – mulata e mestiça, que parte de Lisboa para outros mundos. Porque ser português é fazer parte deste caldo de culturas que nos alimenta, influencia e acrescenta.
1 Novembro | Casa da Música, Porto
8 Novembro | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
A música é sempre a melhor ponte para diminuir as distâncias e promover grandes parcerias. E, para comprovar essa teoria, Portugal e o Misty Fest serão o cenário para o grande encontro entre a cantora portuguesa Maria João e o pianista e compositor brasileiro André Mehmari. Um espectáculo cheio de surpresas e sonhos, que promete compor um novo capítulo na história deste duo. No repertório, músicas inéditas de Mehmari que foram compostas especialmente para o seu duo com Maria João, e que serão lançadas num álbum, editado pela Galileo Music Alemanha, com letras criadas pela própria Maria João. O público será presenteado com novidades e com algumas canções da dupla Guinga/Aldir Blanc que o duo já interpretou em concertos anteriores, e que se tornaram referências estéticas para os artistas. Aldir, aliás, figura como um padrinho da dupla, já que “O Sonho” é a parceria entre Mehmari e Blanc, encomendada por Maria João para o seu álbum “A Poesia de Aldir Blanc” (Selo Sesc). O duo estará em tour europeia entre 1 e 10 novembro 2024, com estreia nos palcos do MistyFest.
10 Novembro | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
Outra grande novidade da 15.ª edição do Misty Fest é a presença da voz da nova geração do flamenco alternativo, transgressivo e erudito – Rocío Márquez. E é assim que a cantora andaluza se posiciona no universo musical andaluz. Sem falsos dogmas ou concessões – apesar do amor à tradição – Rocío consegue ser uma das vozes cimeiras do flamenco contemporâneo, combinando o rigor, a vocação criativa e a audácia interpretativa.
É nas letras, arranjos e melodias que consegue transfigurar cantes antigos em diferentes melodias. A sua música transporta-nos não ao primeiro, nem ao segundo, mas ao “Tercer Cielo” do flamenco (o último e aclamado álbum que conta com a colaboração do produtor de música urbana e electrónica, Santi Bronquio). Se dúvidas existirem sobre os novos caminhos do flamenco, há que tirar teimas no Misty Fest.
26 Novembro | Centro Cultural de Belém, Lisboa
27 Novembro | Casa da Música, Porto
É preciso uma qualidade especial para se destacar no campo frequentemente saturado dos singer-songwiters, mas de alguma forma Daudi Matsiko consegue. A sua voz grave e rouca convida-o a entrar como ouvinte, pedindo-lhe que ouça realmente as histórias que ele está a contar, ao mesmo tempo que é acompanhado pelos delicados meandros da sua guitarra acústica. Nascido e criado no Reino Unido, o cantor, compositor e guitarrista ugandês Daudi Matsiko cria cuidadosamente um folk moderno, embora reverente.
A guitarra hábil e melancólica que lembra Nick Drake é temperada por percussão e instrumentação contemporâneas, e os vocais de Matsiko derivam a sua força da sua aparente fragilidade, um urro nas notas que pode ou não ser intencional. Em cada canção, as suas letras confessionais vão até à medula. Depois de lançar dois EPs independentes, “A Brief Introduction to Failure” e “The Lingering Effects of Disconnection”, assinou contrato com a Naim Records e já fez digressões com GoGo Penguin, Keaton Henson e Portico Quartet, além de ser um graduado bem-sucedido da Red Bull Music Academy em Montreal.
20 Novembro | Casa da Música, Porto
21 Novembro | B.Leza, Lisboa
Karl Seglem continua a ser um dos mais excitantes e inovadores saxofonistas tenor e compositores contemporâneos da Noruega. Este é o regresso esperado aos palcos do Misty Fest, depois das actuações em 2021. Este ano, apresentará ao vivo os temas do novo disco, “Mytevegar (myth.path.hope)”.
Homem dos mil e um ofícios – diz-se músico, poeta, compositor, jazzchef, pai, naturaholic –, é considerado um “tesouro da música norueguesa”, quer seja pelo inconfundível talento, quer pela profusa criação musical – do seu catálogo constam 40 álbuns editados. Em alguns destes trabalhos, o uso de chifres de cabra e outros instrumentos tradicionais – nomeadamente o violino de Hardanger – é magistral e excitantemente misturado com uma abundância considerável de elementos modernos e ecléticos: loops electrónicos, improvisação jazz, traços de world music e características rock.
Seglem é um portentoso tenor saxofonista e não poupa nas colaborações (como aliás aconteceu com a NOPO Orchestra, um ensemble folk contemporâneo universal composto pelo músico e ainda por Rao Kyao e Francisco Sales com o qual se mostraram nos palcos do Misty Fest em 2021). Muita da sua música aponta para o som do jazz nórdico, mas com as abordagens inconfundíveis a que já nos habituou – fusão de expressões folclóricas numa sonoridade fresca, efusiva e poderosa do jazz experimental.
10 Novembro | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
12 Novembro | Casa da Música, Porto
Sven Helbig é um dos principais compositores da música moderna internacional, com obra publicada em etiquetas de referência como a Deutsche Grammophon. O músico alemão é já presença assídua em Portugal, e não poderia deixar de (re)visitar os palcos nacionais com os temas do mais recente trabalho, “Skills” – desta vez no Misty Fest.
Como multi-instrumentista, funde a técnica de composição clássica com música electrónica subtil e experimental. As suas obras foram já encenadas por artistas de renome como a Fauré Quartett (BBC Singers), o violoncelista Jan Vogler, o maestro Kristjan Järvi ou a pianista Olga Scheps. Entre os agrupamentos de renome que interpretaram a sua música, contam-se a Orquestra Contemporânea de Londres, a Filarmónica da BBC e a Orquestra Sinfónica de Berlim. No palco, Helbig já experimentou electrónica e percussão ao lado de várias formações e é colaborador assíduo dos ícones da pop britânica, Pet Shop Boys, e da banda alemã de metal industrial, Rammstein.
29 Novembro | Village Underground, Lisboa
1 Dezembro | Casa da Música, Porto
Manuel Fúria está em 2024 como sempre esteve na música: inquieto e apaixonado, disposto ao risco e à novidade, intransigente no que toca à sua arte que vem, como sempre veio, já agora, de um sítio fundo dentro de si. O homem que ajudou a música portuguesa a experimentar novos rumos com a editora Amor Fúria, que liderou os Golpes e salvou Os Náufragos reinventou-se em 2022 com o pessoalíssimo e introspectivamente dançante “Os Perdedores”, um dos registos mais transparentes, desarmantes e honestos que a pop portuguesa gerou em muito tempo. “Um disco que não presta contas a nada nem a ninguém”, garante.
Esse trabalho, que mereceu intimistas e muito aplaudidas apresentações em Lisboa, Porto e Angra do Heroísmo, foi decisivo para Fúria se reencontrar. “Fechei as minhas contas nas redes sociais, desapareci e depois fiz esse espectáculo, mais pessoal e arriscado, e as pessoas parecem ter recebido bem essa música”. Manuel Fúria refere estar agora comprometido em dizer o que realmente considera ser importante e em usar a música de dança como uma fonte de soluções para dar brilho a essas ideias e palavras que sente como urgentes. James Murphy ou Mark Kozelek são modelos que ele mesmo aponta, inspirações que servem de estímulo ao que está a fazer e que quer apresentar no novo registo ainda em 2024. Em palco será ladeado por João Eleutério, uma novidade para quem sempre sonhou com bandas e com dinâmicas mais colectivas. Máquinas, ritmos, melodias e palavras que tanto fazem dançar, como pensar, é o que aí vem, portanto. “Agora estou a fazer música de maneira diferente”, explica. “A mudança aconteceu n’Os Perdedores e não há volta a dar”. Ou seja, como sempre aconteceu, Manuel Fúria continua a ser um artista do “ou tudo ou tudo”. O “nada” nunca interessou. E continua a não interessar.
23 Novembro | Village Underground, Lisboa
Poder-se-ia dizer que Two Lanes são, na verdade, uma jovem irmandade criativa de electrónica melódica que gravita entre o neoclássico, o ambience e o deep house. A música dos irmãos Leo e Rafa leva-nos por batidas minimalistas, acordes de piano acústico e sintetizadores analógicos. No Misty Fest irão apresentar os temas do mais recente álbum, “Duality”, uma viagem sónica introspectiva e imersiva que, ao vivo, torna ainda mais sublime a atmosfera sonora desta dupla berlinense.
Desde o lançamento do EP “Reflections”, o duo germânico continua a expandir a sonoridade por vários géneros, granjeando a atenção das rádios BBC1, Sirius XM, Triple J e acumulando mais de 150 milhões de reproduções nas plataformas streaming. O som evocativo e expansivo de Two Lanesposiciona-os já como uma referência na música eletrónica para os próximos anos.
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