“O meu corpo não quer obedecer-me!”. Eis Kafka Hibino na pele do Kaiju nº 8, numa luta titânica com o Kaiju nº 2 a tentar provar que, por detrás da aparência monstruosa, consegue controlar a sua humanidade. Uma missão cumprida por uma unha negra, e que põe travão na vontade quase generalizada de o tansformar em carne para canhão – ou quase isso: “O nº 8 não será transformado em arma. Vamos usá-lo como força de combate”. Palavra de comandante Shinomiya, o pai de Kikoru.
Por falar em Kikoru, vê-se neste “Kaiju nº 8: Volume 4” (Devir, 2024) destacada para a Primeira Divisão, a mais forte do Japão, mas enfrenta alguns problemas no desencantar de respeito pelo – no mínimo – desarrumado Capitão Narmi. Alguém que não segue propriamente o manual – “Bons modos. Boa aparência. Dedicação. Dignidade. Não é nada disso que eu quero de ti” – e vai pesquisando o seu nome na Internet para seguir ao minuto o fluxo de seguidores.
Perante o surgimento de um Honju – ou Kaiju nº 9, como alguns lhe chamam -, que tem a capacidade de detectar outros Kaiju, Kafka Hibino é o trunfo a sacar do baralho, mas algumas dificuldades técnicas na transformação podem tirar-lhe o lugar de sonho. E, num mundo onde há Kaijus que se dividem e outros que aparentam ter o poder da ressurreição, o melhor é que consiga, pelo menos, igualar a forma de Kikoru – que parece ter ganho um lugar de destaque no próximo volume. Venha ele.
Sem Comentários