“Um diálogo filosófico sobre as muitas maneiras de arrumar o mundo.” Ou, dito de outra forma e olhando na direcção dos mais pequenos, uma conversa a partir do momento em que alguém, movido pela preguiça ou pela simples lanzeira, se recusa a arrumar o quarto, deixando imperar a “Barafunda” (Caminho, 2015).
E é a partir da ideia de Barafunda que Afonso Cruz e Marta Bernardes se lançam num diálogo com muito de filosofia e espírito de organização, transformando este pequeno quarto no mundo inteiro.
Aprende-se a juntar coisas de maneiras diferentes – pelas formas ou cores -, reformulam-se algumas máximas – como “misturar também é arrumar” -, conhecem-se alguns dilemas que atravessam as figuras geométricas – o triângulo, por exemplo, acha-se demasiado bicudo – para, no final, retiramos este ensinamento: “as coisas nunca estão todas arrumadas nem todas desarrumadas.”
Um livro que não será certamente fácil para os mais pequenos mas que os irá apresentar, de forma geométrica, colorida e com algum humor, aos recantos filosóficos da vida.
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