“Curupira e os Caranguejos Mecânicos” (Curupira Produções Artísticas, 2023) é uma narrativa com preocupações ambientais, inspirada na personagem do folclore brasileiro – Curupira. É fácil reconhecê-la, uma vez que tem “corpo verde, os cabelos vermelhos e vira os pés para trás, para enganar quem o persegue. Está sempre pronto a proteger a floresta, os animais e a natureza, mas também adora brincar, dançar e cantar com os seus amigos”. Trata-se de um super-herói mágico.
Curupira dormia na sua cama de rede, ao pôr-do-sol, quando teve um pesadelo terrível: caranguejos mecânicos, assustadores e barulhentos, destruíam a sua amada Amazónia, abrindo clareiras no meio da densa floresta. Acordou sobressaltado. Seria um sonho? Ou uma preocupação real? Que caranguejos mecânicos seriam estes? Quão grande era a fome dos caranguejos que tudo devoravam na floresta. O que fazer? Não podia esperar, era urgente agir.
Curupira pediu ajuda aos meus amigos: Tufão, o seu amigo inseparável, feito de nuvens e de vento; Tata, uma anta bailarina, graciosa e inteligente, cujo objectivo é espalhar sementes e preservar a floresta, para que esta nunca pare de se rejuvenescer; Cinho, a onça-pintada, valente e hábil; Bananão, o macaco irreverente e divertido, atento aos perigos que podem ocorrer na floresta; e, finalmente, Juca, o jacaré desportista e tranquilo, mestre em artes marciais e sempre pronto a praticar o golpe de cauda para afastar os indesejados.
Curupira e os seus amigos, unidos por uma vontade enorme de lutar contra a desflorestação da Amazónia, traçam um plano contra a acção dos caranguejos – e dos que com eles avançam floresta adentro. Afinal, não podemos ignorar que se trata da maior floresta tropical do mundo e do habitat com maior biodiversidade.
A leitura deste livro é um grito de alerta, mas também um convite para que os jovens leitores se tornem “guardiões da floresta” e integrem a Turma do Curupira (podem saber mais aqui), para irem mais longe em prol da defesa do ambiente e da floresta, essenciais para a nossa vida.
Sandra Pinheiro nasceu em Torres Vedras. É licenciada em Língua e Literaturas Clássicas. Apaixonada pela música e literatura infantil, toca harpa e compõe músicas para a Turma do Curupira e para os seus alunos, enquanto professora de português.
José Costa Pina nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Arquitectura no Brasil onde viveu durante vários anos e onde conheceu o Curupira, esta personagem tão marcante do folclore brasileiro, sua fonte de inspiração para escrever e ilustrar histórias sobre o ambiente.
Sem Comentários