“Nas páginas a seguir, num clima gostoso, que remete a filmes da década de 1980, você encontrará, claro, as estripulias de Mónica, Cebolinha, Cascão, Magali e muitos outros convidados especiais. Mas verá também que oo amoor de uma criança pelo seu bichinho de estimação não é mensurável. Assim como a amizade verdadeira.”
As palavras são de Maurício de Sousa, criador desse monumento chamado Turma da Mónica, série de banda desenhada com que muito bom leitor cresceu, levando-o a encantar-se pelo mundo dos quadradinhos. Palavras que servem de apresentação a “Turma da Mónica: Laços” (A Seita e Bicho Carpinteiro, 2023), um mergulho contemporâneo numa série clássica levado a cabo pela dupla Vitor Cafaggi e Lu Cafaggi. Em 2019, “Laços” foi adaptado ao grande ecrã, tornando-se o filme mais visto nesse ano no Brasil.
No centro da trama está o desaparecimento de Floquinho, o cão do Cebolinha, que reúne a turma para pôr em prática mais um dos seus “planos infalíveis” – que, ao longo do tempo, têm tido uma baixa taxa de aproveitamento. Após uma primeira investigação, a Turma recebe a dica de que Floquinho foi levado para um local conhecido como o Parque das Andorinhas, reunindo assim todo o material necessário para uma arriscada missão de salvamento.
Relativamente ao legado de Maurício, continuamos a caminhar em território familiar: os planos (in)falíveis de Cebolinha, o mau génio – e a boa pontaria – de Mónica, a aversão de Cascão à água e a fome insaciável de Magali, propensa ao aparecimento de visões à mínima baixa da taxa de glicemia.
As ilustrações parecem, por vezes, terem ido à máquina de lavar, perdendo alguma intensidade de cor. Isso ou a impressão não terá ficado a 100 por cento, vindo talvez daí algum esbatimento e desfoque – outra hipótese é ser tudo intencional. O livro guarda ainda uma série de extras, como uma mini-enciclopédia sobre a criação das personagens centrais desta Turma.
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