“No século XIX, Go West young man é a frase que soa como uma promessa a milhões de imigrantes recém-desembarcados em Nova Iorque ou nascidos numa quinta do Leste dos Estados Unidos. Para os que fogem à miséria, à injustiça ou à guerra, nasceu o sonho americano. O confronto enttre o Velho e o Novo Mundo rapidamente se torna violento e recheado de massacres, injustiças e incompreensões. Mas também constituiu inegavelmente uma formidável aventura humana ao longo do qual a curiosidade , a entreajuda e o diálogo se opõem à crueldade.”
É desta forma que Tiburce Oger começa a sua nota de intenções, apresentando aquilo que o leitor irá descobrir em “Go West Young Man” (Gradiva, 2023), uma espécie de western em modo best of e colaborativo que tem como elemento condutor um relógio de bolso, com tanto de belo como de maldito.
Começando e terminando no Novo México, no ano de 1938, Go West é uma viagem histórica pela selvajaria e violência durante a conquista do Oeste, em 14 histórias curtas que nos mostram os Grandes Lagos, a luta entre caçadores e pioneiros, o massacre das tribos indígenas ou a criação e o crescimento de grandes cidades, tudo atravessado pelo racismo, a misoginia e a miséria, numa guerra que parecia querer durar para sempre.
Um tributo ao western com consciência social, que salta fora dos imprecisos manuais escolares.
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