Chegados ao terceiro e derradeiro volume de Faithless, a estranha série imaginada pela dupla Brian Azzarello e Maria Llovet, assistimos da primeira fila à aparatosa queda de Faith que, depois de uma meteórica ascensão, parece condenada a uma queda ainda mais vertiginosa.
Sobre a sua última exposição, a crítica decide ser tudo menos meiga – “«Mãe» é um tampão de cinco metros por três, não uma obra-prima!” -, considerando-a uma marioneta de Louis Thorne.
Um ano se passou desde que Faith desapareceu de cena, e a verdade é que o seu regresso é visto, dependendo do ponto de observação de cada um, como um golpe publicitário, um pedido de ajuda ou uma luta em tronco nu – ou com mais membros à mostra – entre o bem e o mal.
Há, como nos volumes anteriores, frases no lançamento de cada um dos andamentos, assim como esta de Andy Warhol, que poderia bem ser o resumo de Faithless: “Arte é aquilo com que saímos impunes”. Uma série que está entre a esquisitice do Feiticeiro de Oz e uma edição da Gina escrita pelo Marquês de Sade, e que vale sobretudo pelo delírio visual de Maria Llovet.
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