Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
“Romanceiro Cigano”, o poema que consagrou Federico García Lorca, e “Poeta em Nova Iorque”, numa nova tradução de Miguel Filipe Mochila, com introdução de Pedro Mexia.
Em 1928, Federico García Lorca revoluciona a poesia ocidental com a publicação de “Romanceiro Cigano”, conjunto de histórias inspiradas na tradição oral carregadas de vitalidade e simbolismo. No ano seguinte, atravessa o Atlântico e assiste à ruptura social e económica provocada pela grande depressão. Desta experiência emerge “Poeta em Nova Iorque”, uma denúncia catártica da desumanização e da alienação, onde a relação entre palavra e imagem assume uma expressão inexoravelmente pessimista.
Uma poesia ancorada nas mais universais contradições humanas que canta a vida, a morte, a liberdade e o desejo com singular intensidade.
Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 1898-Granada, 1936), foi poeta e dramaturgo, conhecido também como músico e artista. Nascido na Andaluzia, estudou Direito em Granada e transferiu-se mais tarde para Madrid, onde fez amizade com artistas como Luis Buñuel e Salvador Dalí e os poetas Rafael Alberti e Juan Ramón Jiménez. Aí publicou os seus primeiros poemas. Concluído o curso, foi para os Estados Unidos e para Cuba, período turbulento em que escreveu os seus poemas surrealistas. Voltando a Espanha, criou um movimento de teatro chamado La Barraca. Foi ainda um excelente pintor, compositor e pianista. Como autor de teatro, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais passadas na Andaluzia, “Bodas de Sangue” (1933), “Yerma” (1934) e “A Casa de Bernarda Alba” (1936) asseguraram a sua posição como grande dramaturgo.
Em Julho de 1936, alarmado pelo começo da Guerra Civil, Lorca deixou Madrid e partiu para Granada, mas a sua premonição de uma morte fatal, que atravessa toda a sua obra, concretizou-se quando, numa noite, foi assassinado por nacionalistas.
Editora: Penguin Clássicos
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