Como se já não fosse a editora mais mangá a operar em Portugal, a Devir continua a juntar novas séries ao seu já bem composto catálogo. Agora foi a vez da publicação de “Ryomen Sukuna” (Devir, 2022), o volume que dá início à série Jujutsu Kaisen, assinada pelo japonês Gege Akutami.
Yuji Itadori é um adolescente aparentemente comum, com uma força muito acima da média que faz com que todos os clubes desportivos da escola o andem a tentar recrutar para a causa. A verdade é que, mesmo estando no patamar das medalhas olímpicas, Itadori prefere o sobrenatural ao atletismo, fazendo do conselho moribundo do avô um mantra para a vida: “Ajuda quem puderes salvar. Pode ser quem está à tua volta, mesmo que estejas indeciso ou não te agradeçam, ajuda-as!”.
Contactado por Fushiguro, um tipo pertencente à Escola de Jujutsu – no departamento da Feitiçaria -, Itadori recebe a missão de recuperar e devolver um objecto amaldiçoado, sendo introduzido às muitas e pouco abonatórias estatísticas sobre maldições no Japão: “No Japão, as mortes estranhas e os desaparecimentos ultrapassam os dez milhares por ano”. Maldições que surgem em sítios como escolas e hospitais, onde há “sentimentos remoídos” com fartura, tais como agonia, arrependimento e vergonha. O objecto em questão não é para brincadeiras, tendo o poder de atrair maldições e as fortalecer.
Itadori tem, por esta altura, 1,73m (talvez cresça mais), 80 quilos, faz imitações medianas, gosta de usar roupa com capuz e não tem preferências de comida, qualidade desenvolvida após comer um dedo amaldiçoado. Algo que fez com que um ser maligno passasse a viver dentro do seu corpo, tendo Itadori a estranha e improvável capacidade de controlá-lo. Algo que fará com que a execução que tem sobre os ombros vá ficando em suspenso, dedicando-se de corpo, alma e estômago a uma missão culinária: encontrar os restantes 19 dedos de Sukuna, um demónio que possui quatro braços e duas caras e que, na realidade, é um humano que existiu há mais de mil anos – resumidamente, é ele o Rei das Maldições.
Uma nova série para manter debaixo de olho que, logo neste primeiro volume, nos oferece uma frase para estampar numa T-Shirt ou mandar gravar num azulejo: “Na vida, acontece por vezes passarmos por situações tão difíceis que só nos resta dançar”. Dancemos então.
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