Depois da estreia no CCB em 2021, a peça Lisbon Sisters, da autoria de Mário Coelho, volta à cena no CAL – Centro de Artes de Lisboa – entre os dias 3 a 5 e 7 a 12 de Junho.
Partindo do universo criado por Jeffrey Eugenides na obra literária “As Virgens Suicidas” (1993), Lisbon Sisters pretende desbravar e desenvolver alguns dos pontos e temáticas propostas na obra original. A obra fictícia de Jeffrey conta a história de um grupo de cinco irmãs, de apelido Lisbon, acabadas de chegar a um bairro típico dos subúrbios de Michigan, nos Estados Unidos. Educadas de forma rígida e num ambiente severo, a vida destas irmãs sofre uma grande reviravolta após o suicídio da mais nova, Cecilia – é na sequência deste acontecimento que, a mando dos pais e sob o seu olhar atento, as irmãs abandonam a escola e começam a passar o resto dos seus dias enclausuradas em casa.
Tudo isto nos chega através dos relatos dos vários rapazes vizinhos, em discurso indirecto – relatos, estes, que possuem um carácter inevitavelmente místico e inocente de um grupo de adolescentes que estão enamorados por aquelas jovens raparigas. Este espetáculo pretende focar-se precisamente no intervalo da narrativa de Jeffrey, em que as irmãs estão trancadas nos seus quartos. Uma vez que a obra original nos dá poucas referências desses dias, o desafio será o de criar e desenvolver um discurso directo, para estas jovens raparigas, numa tentativa de perceber e de olhar para o que poderão ter sido aqueles dias em que lhes foi retirada a liberdade e juventude.
FICHA TÉCNICA
Texto e encenação: Mário Coelho
Intérpretes e co-autoras: Ana Valentim, Ana Vilela da Costa, Carolina Dominguez, Júlia Valente, Mariana Gomes e Matilde Jalles
Desenho de luz: Manuel Abrantes
Cenografia e figurinos: Cláudio Alves
Apoio à criação: Cleo Diára, Nádia Yracema e Pedro Baptista
Vídeo e Animação: Miguel Cravo
Participação em vídeo: Ana Valente, Cleo Diára, Cirila Bossuet, Mariana Guarda e Rita Silvestre
Fotografia: Emma Saints
Composição Musical: Filipe Baptista e Miguel Galamba
Produção: Associação La Bohème
Residências de co-produção: O Espaço Do Tempo
Apoio: Cal – Centro de Artes de Lisboa
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