“Vocês já foram ao Porto?” É com esta pergunta que Micas, o protagonista de “Um Mistério em Serralves” (Planeta Júnior, 2015), nos convida para uma fantástica aventura. Porém, a “aventura” é um pretexto para que conheçamos alguns dos lugares mais emblemáticos desta fabulosa cidade nortenha – Torre dos Clérigos, Palácio de Cristal, Museu Soares dos Reis ou a Casa da Cultura -, bem como algumas particularidades da sua importância na História de Portugal – Cerco do Porto, lutas entre liberais e miguelistas ou a eleição do primeiro deputado republicano.
Acompanhados pelo grupo, constituído por personagens muito curiosas como Simão – o Gugas -, Sebastião – o papa-Cultura -, Vasco Maria – o Come-Tudo – e outros, viajamos de comboio até à “Invicta” (nomeação que ficamos a saber por quem foi atribuída e a razão por que o fez) e mergulhamos numa aventura que nos faz recuar até 1832.
Como não podia deixar de ser, o vinho do Porto e a sua história têm também um importante espaço, e é à volta desta “preciosidade” e da sua importância na história da cidade e da sua economia que a acção se desenrola.
Sem internet, televisão ou consolas, durante um fim-de-semana os jovens verificam que, afinal, há muitas mais formas de passar o tempo do que inicialmente poderiam pensar, nomeadamente através de “jogos de salão”, relatos de viagens e leituras efectuadas. E claro que não poderíamos deixar o Porto sem provar as famosas “Francesinhas”, regadas com um molho que tem os seus segredos impenetráveis…
Pondo a tónica na amizade, “um dos sentimentos mais poderosos que existem, [que] une as pessoas até ao fim da vida se for uma amizade a sério“, e “que até parece um casamento“, a autora, Patrícia Reis, junta este grupo de adolescentes que associa a diversão à aprendizagem.
É ainda importante acrescentar que este é um dos livros que faz parte da lista do Plano Nacional de Leitura, Ler+.
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