“Uma Mãe é como uma Casa” (bruaá, 2021) é uma narrativa visual sobre a maternidade, a relação das mães e filhos, os afectos, a dedicação e o (e)terno amor de ser mãe, mas também poderá ser um guia sobre o crescimento, os meigos abraços, as aprendizagens iniciais, as brincadeiras e os primeiros passos. Aurore Petit criou, neste livro, uma autobiografia onde tantas mães se irão rever.
A mãe surge como um conjunto de possibilidades: mãe-abrigo, ninho, fonte, canguru, concha, moto, doce ou ilha. Uma mãe-melodia, que adormece o seu bebé, ou uma mãe espelho, onde os filhos lêem o mundo. A mãe como meio de transporte, que conduz para o mundo um filho autónomo, feliz e amado. A mãe-espetáculo, para a criança que brinca. A mãe casa, que levamos connosco para sempre e à qual se regressa sempre.
Texto e imagens coexistem numa articulação harmoniosa, num livro visual, de traço moderno e dinâmico. Pequenas frases surgem acompanhadas por ilustrações em cores vivas, algumas florescentes, recordando o universo da pop art. Os tons de amarelo predominam, oferecendo ao leitor alegria, prosperidade e momentos únicos de felicidade. As guardas, num amarelo suave, exibem objectos associados à infância, que induzem o leitor à temática do livro. Entre as guardas iniciais e as finais há uma pequena diferença, que só os mais atentos descobrirão.
Aurore Petit cresceu em Haute-Savoie. Formou-se na Escola de Artes Decorativas de Estrasburgo em 2006 e actualmente vive em Nantes. Trabalha na edição infantil, e ilustra também para adultos na imprensa.
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