É mais um projecto de fôlego com o empurrão editorial da Tinta da China: dar a conhecer a Almirante Reis, uma das grandes avenidas de Lisboa que, até à data, não tinha sido ainda objecto de estudo. “Atlas Almirante Reis” (Tinta da China, 2020) preenche agora essa lacuna, com um olhar atento nos campos da arquitectura e do urbanismo mas, também, focando-se em disciplinas como a sociologia e a antropologia, o que resulta num livro pluridisciplinar que cruza a história da arte com a experiência humana.
O livro foi desenhado por uma extensa equipa, que contou com a coordenação da antopóloga Filipa Ramalhete, da historiadora Margarida Tavares da Conceição e da arquitecta Inês Lobo. Um trabalho exemplar que, para lá da história em várias áreas, oferece um olhar neste território de comunidades emigrantes oriundas de culturas não europeias, mostrando o seu dinamismo geográfico. Como se lê no lançamento do livro, a ideia foi “mapear a avenida sem perder a ligação ao contexto da cidade como um todo”.
A Avenida Almirante Reis é uma das mais extensas avenidas de Lisboa e uma das principais artérias de ligação entre a cidade da segunda metade do século XX e a Baixa de Lisboa. Este Atlas lança um olhar sobre quatro séculos de mudanças, onde se partilham memórias e se dá a conhecer a actividade comercial, o espaço público, a dimensão artística e todos os movimentos sociais gerados ao longo do tempo. Tudo acompanhado por fotografias, cartas topográficas, plantas, projectos e anteprojectos, mapas desdobráveis, ensaios e séries fotográficas assinadas por Paulo Catrica. Um grande Atlas, desenhado para profissionais e curiosos.
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